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Cada vez mais ociosos, orelhões devem ser reduzidos pela metade

Publicado em 15/04/2014 às 08:11

Com a popularização da telefonia móvel, os orelhões, que durante muito tempo foram imprescindíveis para a comunicação cotidiana, começaram a cair em desuso. Devido à ociosidade dos aparelhos, a partir do próximo ano a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve reduzir pela metade os mais de um milhão de telefones públicos ativos no País. Dos 48,7 mil aparelhos existentes no Paraná, quase 70% processam somente até duas chamadas por dia, segundo informações da Anatel – o que justificaria a expressiva redução projetada.

Na maioria dos municípios paranaenses, as operadoras vêm atendendo apenas a exigência mínima, de quatro telefones públicos para cada mil habitantes. Só 31% das cidades contam com mais orelhões do que o exigido. No decorrer dos anos os aparelhos ficaram mais modernos, com a substituição do sistema de fichas pelo cartão, até que foram perdendo espaço diante da praticidade da telefonia celular. Hoje, muitas pessoas sequer conseguem lembrar quando foi a última vez que utilizaram um orelhão.

“Não me lembro qual foi a última vez que usei um orelhão, mas com certeza já tem muitos anos. Hoje em dia é muito difícil a pessoa não ter celular, então a gente nem lembra que o orelhão existe”, diz Gabriela Laverde. Para Maria Sueli de Souza, mesmo não sendo muito utilizados pelas pessoas, os telefones públicos podem ser úteis em determinadas situações. “É importante sim, porque numa situação em que as pessoas estão sem o celular, por algum motivo, o orelhão acaba sendo útil. No geral, a gente vê que pouca gente usa, mas pode ser necessário de vez em quando”, opina.

ESTRAGADOS

Quem tem o hábito de eventualmente telefonar do orelhão acaba encontrando algumas dificuldades, já que muitos aparelhos estão danificados e não completam as ligações. Ao perceber que seu celular estava sem bateria, dona Eunice Alves de Souza teve de recorrer ao orelhão, mas não conseguiu efetuar a ligação na primeira tentativa.

“Eu tenho costume de usar o orelhão de vez em quando, como agora que estou com o celular sem bateria. Então tem hora que a gente precisa. Mas muitos não funcionam. Esse primeiro que eu tentei mesmo não funcionou, mas vou tentar em outro agora”, disse. Mesmo quando os aparelhos estão funcionando bem, quem precisa utilizá-los pode ter outro contratempo: dificuldade para encontrar pontos de venda de cartões telefônicos.

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