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Frigorífico de Cruzeiro do Oeste diminui produção e teme redução de exportações

Mesmo sem estar envolvido nas investigações, a empresa sentiu os efeitos da Operação Carne Fraca, que revelou a comercialização de carnes estragadas e adulteradas no país.

Publicado em 23/03/2017 às 06:34

Cruzeiro do Oeste – Nossa região tem o maior rebanho de gado de corte do Paraná, com mais de 2 milhões de animais, e agora as restrições de países estrangeiros em relação à carne brasileira depois da operação Carne Fraca, deixaram empresários da região preocupados. Frigoríficos e pecuaristas já sentem os efeitos no mercado.

No frigorifico de Cruzeiro do Oeste por mês são abatidos até 15 mil animais, a produção média é de 2 mil toneladas de carne, sendo que 40% deste total são destinados à exportação para a união europeia e países como, Chile, Israel e China. Com a restrição de países na exportação da carne brasileira, o frigorifico sentiu reflexos mesmo não sendo alvo da operação Carne Fraca da Polícia Federal.

O volume de exportação no frigorifico mais do que dobrou no ano de 2016, alavancado também pela alta do dólar. A preocupação com os embargos agora é grande porque segundo o diretor do frigorifico, Jeremias Silva Júnior, o mercado interno não absorveria a produção destinada à exportação.

Com a exportação prejudicada, o frigorifico de Cruzeiro do Oeste freou o abate na última sexta-feira (17), por não tem mercado para repassar a carga e também por não poder ficar com a carne estocada por muito tempo, uma medida que afeta os abatedouros e consequentemente o pecuarista.

A restrição externa da carne brasileira também deve provocar reflexos, nos preços para o consumidor final.

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