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Irmãs separadas na infância se reencontram em Douradina 64 anos depois

Maria e Josemilda eram filhas de Filomena Maria da Conceição, uma das mulheres mais idosa do mundo, que morreu aos 120 anos.

Publicado em 15/04/2021 às 06:57
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Irmãs se reencontraram na semana passada (abril de 2021). (Foto: Redes Sociais)

Filomena Maria da Conceição, ou Dona Filó, como era carinhosamente chamada por amigos e conhecidos, deixou o nordeste e veio para o Paraná nos anos 50, na intenção de fugir das agressões do marido, com quem tinha se casado aos 16. Ela trouxe consigo os quatro filhos menores, mas precisou deixar duas filhas, com quem acabou perdendo o contato.

No Sul, Dona Filó começou a trabalhar na lavoura, e nunca mais se casou. À medida em que os filhos iam crescendo, a sua esperança de encontrar as mais velhas crescia também. Em 2015 Josemilda Filomena Martins, uma das irmãs, foi encontrada, quando Filó estava com 115 anos.

Há 10 meses, Dona Filó já aos 120 veio a falecer sem encontrar a outra filha, infelizmente. Porém, a neta Marineide Santos conta que ela nunca perdeu as esperanças e sempre fez questão que a família a procurasse, “Minha vó falava que ela tinha loucura por reencontrar essas filhas, graças a Deus, achamos pelo menos uma”.


Dona Filó morreu no ano passado, e deixou seis filhos, 33 netos, 40 bisnetos e 14 tataranetos.

E foi por acaso que um dos parentes encontrou, recentemente, Maria Filomena da Conceição, a outra irmã ‘perdida’. “Meu primo estava passeando na casa da minha tia no Maranhão, e postou no dia do aniversário dela nas redes sociais na tentativa do encontro. Assim que eles acharam, já me ligaram, passei o número da minha mãe, dos outros tios, foi uma felicidade”, lembra Marineide.

Confira abaixo o momento em que a dona Maria Filomena recebe a segunda dose da vacina contra a covid-19.


Josemilda Martins e Maria Filomena, (que retorna ao Maranhão no fim do mês) se reencontraram após 64 anos, na semana passada (abril de 2021), em Douradina. Elas ficaram mais de seis décadas sem ver a mãe e os outros irmãos: Tereza Filomena dos Santos, Maria Socorro Martins Mesquita, Maria Filomena de Souza, Antônio Sebastião da Silva, e Arlete Martins.

Maria Filomena conhecendo a sobrinha Marineide Santos.

“Minha avó era uma senhora muito alegre, muito querida e atenciosa. Apesar da dor no coração por não ter dado tempo de mãe e filha se reverem, Tia Maria apareceu e foi com muita alegria da família inteira”, finaliza a neta, e sobrinha. Dona Filó deve sentir essa mesma alegria, de onde estiver.

Confira a entrevista com a Dona Filó, no ano de 2017.


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