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Apesar da crise econômica, mercado de trabalho mantém-se estabilizado

Em maio, Umuarama ficou entre as 5 melhores cidades na intermediação de vagas de emprego

Publicado em 23/06/2015 às 08:36

Apesar do pessimismo em torno da economia brasileira em 2015, o mercado de trabalho em Umuarama vem mostrando desde o começo do ano uma gradativa recuperação, e agora, conforme análise do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apresenta- se estabilizado. Vinda de uma posição insatisfatória em relação ao mês de dezembro de 2014, quando ocupou o 51º lugar – apesar das expectativas positivas de contratações pelo comércio para o Natal –, Umuarama adentrou o ano novo sofrendo os reflexos das demissões dos trabalhadores temporários, o que a levou a ocupar em janeiro a 57ª posição.

Uma leve reação foi registrada no mês seguinte, colocando a cidade na 22ª colocação, entretanto, o estímulo começou a se desenhar realmente a partir de março com a 5ª posição. Já em abril, Umuarama deteve o 3º lugar, e de acordo com divulgado pelo Caged para o mês de maio, a Capital da Amizade retorna para o 5º lugar. Umuarama vem conseguindo se manter nos últimos dois meses na evolução do emprego formal registrado pelo sistema nacional entre cidades de igual ou maior porte do interior do Estado, como Paranavaí e Cascavel, respectivamente e, ainda, desbancando outras grandes como Foz do Iguaçu e Guarapuava.

O chefe da Agência do Trabalhador, Vanderlei Priori, justifica que a reação se deve ao senso empreendedor peculiar do empresariado umuaramense, que tem como características a empresa familiar. “Esse empresário é aguerrido, pois indiferente a outros que se estabelecem aqui por meio de sucursais que podem a qualquer momento irem embora, ele depende do bom andamento do seu trabalho para sustento da família e por consequência do emprego”, explicou o administrador.

Entretanto, Priori concorda que a disponibilidade de vagas poderia ser melhor, o que justamente mostra que ocorreram contratações na medida para que os negócios apenas não parassem. “Consideramos estável o campo de empregos, estamos com poucas vagas em relação a outros períodos do último ano, mas com muitas dificuldades estamos mantendo ao menos um equilíbrio”, divulgou o chefe.

VAGAS

Para se ter uma ideia, a média de vagas dispostas pela Agência do Trabalhador era de 500, já hoje, é de 200. “Estamos sempre no aguardo de novos contatos, até mesmo porque realizamos periodicamente um plano de visitas e ligações para as empresas, também em busca de conhecer a real necessidade delas”, enfatizou Priori. Ele acredita que o aumento nas vagas de emprego, tanto em Umuarama quando em todo o País, apenas ocorrerá com o cessar da onda de pessimismo e com a convicção do Governo Federal sobre as suas reais atitudes para fomentar a economia. “É preciso determinar urgentemente quais medidas serão tomadas, quais impostos voltam ou não, já que a especulação contribui apenas para colocar o empresário em posição de aguardo”, alegou o chefe da Agência do Trabalhador.

SETORES

Voltando ao último dado do Caged, que colocou Umuarama em 5º lugar, a indústria de transformação continua empregando mais do que demitindo. Foram 543 contratações contra 480 demissões. Em seguida está o que um dia foi a vedete em vagas de emprego: o setor de comércio. Ele proporcionou 339 oportunidades de trabalho e desempregou 305 pessoas.

O setor de serviço também tem seu destaque ao admitir 302 trabalhadores, e dispensar 249. Mas, apesar de sua pouca empregabilidade em relação aos outros setores, o agropecuário deve ser lembrando. Com uma média de registro abaixo de 10 contratações, ela vem crescente desde a penúltima divulgação do Caged. Nesta última, o setor empregou 26 profissionais. A construção civil teve sua ênfase, com 102 contratações.

No geral, o balanço registrou 1.314 contratações e 1.140 demissões. CAGED Criado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o sistema controla as admissões e demissões de empregados enquadrados no regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) nos 60 municípios do Paraná com mais de 30 mil habitantes, seguindo o mesmo critério para outras cidades do restante do Brasil.

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