Após 31 dias de paralisação, a greve dos bancários chegou ao fim nesta quinta-feira (06). A decisão foi tomada em assembleia realizada às 18 horas. Em Umuarama, a reunião aconteceu no Hotel Caiuá, onde por unanimidade também ficou decidido o retorno do atendimento para esta sexta-feira (07). O Comando Nacional dos Bancários já havia orientado a categoria a aprovar a nova proposta feita na quarta-feira (05), pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Na décima rodada de negociações, os banqueiros elevaram a oferta de 7% para 8% de reajuste salarial e também ofereceram um abono de R$ 3,5 mil e a garantia de conceder, no próximo ano, a reposição da inflação e 1% de aumento real, entre outros benefícios. Os bancos se comprometeram ainda a corrigir o vale-alimentação em 15%; o vale-refeição e o auxílio creche/babá em 10% e a implantar a licença paternidade de 20 dias. Em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o acordo prevê parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.367,07, sendo que a primeira parcela será paga até dez dias após assinatura do Contrato de Convenção Coletiva.
A coordenadora do Sindicato dos Bancários de Umuarama, Assis Chateaubriand e região, Ana Paula Lorini, avaliou a paralisação. “A greve se estendeu por um período bastante grande longo, isso gerou um desgaste. A proposta não foi de um todo ruim, nós já garantimos com o acordo, que o ano que vem não terá greve, terá inflação e um ganho real de 1%. E uma conquista grande é referente ao emprego, já que garantimos ao funcionário uma qualificação caso haja uma demissão”, destacou.
Outra decisão foi que os dias parados não serão descontados, mas desde que a categoria colocasse um fim à greve ontem (06), retornando ao trabalho hoje (07).
A GREVE
A greve dos bancários de 2016 foi a maior paralisação da categoria desde 2004, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Com início no dia 06 de setembro, a paralisação até esta quarta-feira (05), 13.104 agências e 44 centros administrativos permaneciam fechados. Os números representam 55% das agências de todo o Brasil.