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Bancários aceitam proposta e voltam a trabalhar nesta segunda-feira

Publicado em 14/10/2013 às 07:16

Após 23 dias de paralisação os bancários de todo o país aceitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e retornam ao trabalho na segunda-feira (14). Entre os 6,1% preposto pelos bancos e os 11,93% reivindicado pelos grevistas o acordo foi fechado em 8%, o que significará aumento real de 1,9% aos trabalhadores. 

Nas negociações o piso subiu meio ponto percentual a mais, ou seja, 8,5%, ou 2,4% de alta real – acima da inflação anual oficial. Desta forma o salário inicial de um escriturário vai para R$ 1.648,00 enquanto de um caixa chega a R$ 2.229,00, fora os benefícios.

Ficou decidido ainda que a participação nos lucros e resultados será elevada – os percentuais não foram especificados por conta das particularidades entre bancos privados e estatais. 

No que tange a melhorias na qualidade de vida dos bancários ficou determinado que gerentes e supervisores, estão expressamente proibidos de enviar torpedos, cobrando metas e resultados, nos celulares particulares dos trabalhadores.

Para agilizar o atendimento e dividir o trabalho o Banco do Brasil se propôs a abrir concurso para contratar mais 3 mil funcionários, para todo o país.

Os horários de atendimento ao público não serão estendidos, continuam entre às 10h e às 15h. Desta forma a reposição dos dias parados acontecerá internamente, uma hora ao dia, até dezembro.

O coordenador do Sindicato dos Bancários, Edilson José Gabriel, classifica as conquistas como positivas. Para ele o braço de guerra foi vencido graças a força e adesão ao movimento. “Em nossa região a paralisação foi de 99% das agências. No Paraná o percentual chegou a 90% e no Brasil pouco mais de 70/%”, especificou.

Gabriel salientou que esta foi a 2ª maior paralisação bancária nos últimos 20 anos e as negociações finais ganharam a madrugada da última sexta-feira (11). “Foram quase 8 horas de conversas. Ao final, das pouco mais de 20 mil agências brasileiras, as 12.100 que estavam fechadas, voltam a operar”, observou. 

Segundo o sindicalista, nos últimos 10 anos, a luta dos trabalhadores representou um ganho real de 37%, sobre o piso. “A luta é dura, mas tem surtido resultados”, concluiu. 

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