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Cheia dos Rios Iguaçu e Paraná traz espetáculo e alerta à região

Publicado em 26/06/2013 às 07:43

Maior cheia do ano nos Rios Iguaçu e Paraná provoca espetáculo e contrastes na fronteira do Brasil com a Argentina e Paraguai.

A cheia é provocada pelas chuvas intermitentes em várias partes do Estado do Paraná. Na confluência dos Rios Iguaçu e Paraná a vazão é de 27 mil metros cúbicos de água por segundo (m³/s). As Cataratas do Iguaçu, no Rio Iguaçu, registraram sábado vazão recorde, com picos de até 11.800 m³/s.

O volume ali é de quase dez vezes acima do normal, que varia entre 1.200 a 1.500 m³/s.

Por questão de segurança, a administração do parque interditou as passarelas que dão acesso à Garganta do Diabo, no Parque Nacional do Iguaçu.

Já a usina de Itaipu, no Rio Paraná, verte como há muito não se via. Pelo vertedouro passaram 7,3 mil m³/s, ontem, às 10h. De madrugada o vertimento chegou a 8.659 m³/s. É como se passassem por ali oito Cataratas (em sua vazão normal). O vertedouro está aberto de forma ininterrupta desde quinta-feira.

A produção da hidrelétrica é boa, mas não consegue domar tanta água, que não para de chegar. A vazão total no local é de 18 mil m³/s.

Para a geração de energia, a usina utiliza uma média de 11 mil a 13 mil m³/s. O excedente é escoado pelo vertedouro.

Em condições normais, a Itaipu opera na cota entre 219 a 220 metros acima do nível do mar. Hoje, a cota está em 220,45.

ALERTA - A previsão para os próximos dias é de mais chuva. A situação é de alerta. Na região da Ponte da Amizade, o Rio Paraná está quatro metros acima do normal.

Como precaução, desde o início da cheia, a Itaipu vem mantendo contato permanente com a Defesa Civil, repassando informações e antecipando cenários.

O problema é mais grave no bairro San Rafael, construído de forma irregular na área natural do Rio Paraná, em Hernandárias, cidade vizinha de Ciudad del Este e a Foz do Iguaçu. Algumas casas já foram atingidas. No lado brasileiro, por enquanto, não há risco de inundações.

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