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China irá investir na produção da Fáfia, em Querência do Norte

Publicado em 06/09/2017 às 08:26

Uma comitiva de cientistas chineses esteve em Querência do Norte conhecendo o cultivo da Fáfia, o ginseng brasileiro. A expectativa dos produtores do município é de que em breve possam comercializar sua produção para abastecer o mercado chinês. 

“A Academia de Medicina Natural Chinesa irá oferecer todo suporte tecnológico para o desenvolvimento de produtos farmacêuticos para o Brasil”, disse Luqi Huang, Academician of Chinese Academy of Engineering, vice-president of China Academy of Chinese Medical Sciences.

O grupo de chineses veio avaliar as condições de cultivo da planta em nome do Ministério da Saúde da China, que tem interesse no ginseng brasileiro. Só para se ter uma ideia do interesse, a planta já é estudada por cientistas chineses há 16 anos. 

Detalhe, essa planta com o princípio químico ativo, só existe nas ilhas e áreas próximas ao Rio Paraná na região de Querência do Norte. 

“A Fáfia é nosso objetivo no momento, governos da China e Brasil já estão em negociação para formação de parcerias”, destacou Lanping, Guo, vice director of National Resource Center for Chinese Materia Medica, China Academy of Chinese Medical Sciences.

O grupo que esteve pela primeira vez em contato direto com a planta no solo, ficou animado com as possibilidades de produção da planta, que é cultivada pela agricultura familiar em pequenas áreas e sem o uso de agrotóxicos. São produtores que fazem parte da Aspag (Associação de Pequenos Produtores de Ginseng de Querência do Norte). 

A ideia do governo Chinês é de adquirir uma área em Querência do Norte para o cultivo da planta, para abastecer o mercado daquele país. A medicina natural chinesa tem mais de 5 mil anos de existência, e é bem utilizada naquele país, no tratamento de diversas doenças. Um exemplo a ser seguido pelo Brasil. 

Esse projeto encampado pelo governo chinês, através do seu Ministério da Saúde, faz parte dos acordos de comércio bilateral entre Brasil e China dentro do Brics.

De acordo com dados da Aspag a produção de Fáfia para abastecer o mercado chinês deve crescer com a concretização do negócio. “Estamos com 20 filiados a Associação, este número deve crescer com a comercialização direta com os chineses”, disse Misael Jefferson Nobre, presidente da Associação.    

Além do ginseng os cientistas chineses destacaram que a tecnologia chinesa também será empregada no estudo e desenvolvimento de produtos farmacêuticos da medicina natural de outras plantas. “O Brasil tem várias plantas, e nossa medicina natural tem mais de 5 mil anos de história, nós temos alta tecnologia para pesquisa”, finalizou Luqi Huang.

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