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Comércio prevê poucas contratações para o Dia das Mães em todo o Paraná

Setor diz que crise econômica e crise política dificultam investimentos. Associação comercial sugere criatividade para para atrair clientes.

Publicado em 12/04/2016 às 07:20

Historicamente, o Dia das Mães é conhecido pelo comércio como a segunda data mais lucrativa do ano, perdendo apenas para o Natal. Em 2016, porém, a crise econômica e a crise politica são apontados como entrave para o setor. No Paraná, as empresas devem evitar contratações temporárias para suprir a demanda. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomercio), a expectativa dos empresários é, na melhor das hipóteses, evitar demissões e manter o quadro atual de funcionários para a data.

Para o diretor de Gestão e Planejamento da Fecomercio, Rodrigo Rosalent, uma das razões para isso está na queda de vendas que os comerciantes experimentaram em 2015. Conforme dados da Fecomercio, o setor caiu 8,12% no faturamento. No entanto, o fechamento de vagas não acompanhou o mesmo ritmo. O total de vagas fechadas no ano foi de apenas 2%.

"O que a gente está sentindo agora é uma queda mais acentuada no nível de emprego", afirma. Conforme dados da instituição, nos dois primeiros meses deste ano, o faturamento encolheu 8,34% e o número de vagas já caiu 6,54%. Rosalent diz que em 2015 os comerciantes preferiram segurar os funcionários, apostando em uma possível melhora neste ano, o que não aconteceu.

O superintendente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Diego Menão, diz que se a tendência de redução de vendas em datas especiais se repetir, assim como vem acontecendo desde 2014, o índice de contração será menor.

"No Natal de 2015, o número de vagas temporárias disponíveis foi um terço menor do que no mesmo período de 2014. Para o Dia das Mães deste ano a projeção de contratação é ainda menor. A economia está em um estágio muito mais retraído do que há quatro meses, então a tendência é a redução de oferta de vagas", explica. "O empresário está com margem cada vez menor, vai apelar por contratação temporária só no último caso", acrescenta o superintendente da Acil.

Por outro lado, a Agência do Trabalhador em Londrina, no norte do estado, está com 378 vagas de emprego disponíveis, sendo que 150 são para operador de telemarketing e 176 destinadas para pessoas com deficiência. O restante é para açougueiro e consultor de vendas.

A redução ou a falta de ofertas de empregos nessa época do ano se repete em outras cidades do interior do estado. Em Maringá, que até 2013 abria, em média, 350 vagas temporárias para o período, este ano ainda não há nenhuma vaga desse tipo na Agência do Trabalhador.

"Essa é a pior crise de vagas de emprego nos últimos oito anos. Estamos dando entrada de 120 pedidos de seguro desemprego diariamente e não previsão de que isso vai melhorar", pontua o diretor da Agência, Maurilio Mangolin.

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