Com apenas 35 representantes presentes dos 85 municípios que fazem parte do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Noroeste (Samu), a diretoria do Consórcio Intermunicipal de Urgência e Emergência do Noroeste do Paraná (Ciuenp), responsável pela gestão do serviço, cobrou o repasse de verba de alguns municípios. A inadimplência coloca em risco a inauguração das unidades do Noroeste.
De acordo com dados repassados na reunião realizada, ontem, no anfiteatro da Prefeitura de Umuarama, 50% dos municípios estão devendo para o Samu. Algumas administrações estão devedoras desde o começo da arrecadação. Sem o dinheiro o início das atividades do serviço, essencial para auxiliar a saúde de muitos municípios, pode ser adiado novamente.
Segundo Almir de Almeida, coordenador geral do Ciuep, os devedores tem até o dia 30 de agosto para quitar suas dividas. Caso contrário, ficam de fora do Samu e para retornarem terão que acertar todo retroativo com juros e correção. “Dependemos desse repasse para colocar o Samu funcionando na segunda quinzena de setembro.
Sabemos das dificuldades financeiras de cada município, mas é nesse momento que entra a habilidade administrativa e de gerenciar de cada administração pública. Os municípios sabem quais as prioridades e a saúde é uma delas”, ressaltou.
O coordenador explicou que o governo federal, como o estadual, começa liberar o custeio da unidade, que será de 50% e 25% do valor total, três meses depois de iniciar as atividades do Samu. “Devido a maus exemplos, o Governo só libera a verba após o início das atividades. É um cuidado para evitar desperdício de dinheiro público. Por isso teremos que começar a funcionar só com o dinheiro dos municípios, por isso a importância de receber as dividas”, informou.
O prefeito de Umuarama, Moacir Silva, que também é preside o CIUENP, pediu mais comprometimento por parte dos municípios na adesão completa ao serviço. Moacir ressaltou que desde que assumiu o compromisso da instalação deste Samu, já foram colocados mais de R$ 1 milhão. Um investimento que vai aliviar a situação orçamentária das Secretarias de Saúde dos municípios.
Todos os discursos dos representantes dos municípios-sede de microrregião – Umuarama, Paranavaí, Campo Mourão e Cianorte – também evidenciaram a importância da participação dos 85 municípios. Além disso, foram lembrados os problemas que a saúde enfrenta no país todo. “É difícil uma administração municipal ser competente quando o assunto é saúde. O repasse que nós temos é muito pequeno, realmente uma distribuição de recursos equivocada”, destacou o prefeito de Umuarama.
