Douradina - A centenária Quitéria Maria da Conceição que completaria 109 anos no domingo dia 20 faleceu em Douradina, neste sábado, 12 de novembro. 'Vó Quitéria' como era carinhosamente chamada era considerada uma das mulheres mais velhas do Brasil.
Cearense lá de Juazeiro do Norte ela nasceu no século passado, em novembro de 1907. Em Douradina, essa juarense chegou há mais de 40 anos, quando a cidade ainda era distrito.
Quando nasceu, a mulher ainda não votava. Apenas em 1.933 é que houve a conquista do direito de votar e ser votada. Passou por duas Guerras Mundiais, pelo período negro da ditadura em nosso país. A chegada do homem a lua e pela luta mundial das feministas pelas conquistas de direitos igualitários entre homens e mulheres.
Muitos desses fatos deve ter ouvido e visto no rádio e na televisão, que ela também viu nascer. Como tantos outros, ouvia as notícias, músicas e as famosas rádio-novelas pelas ondas do rádio. Na televisão viu toda a evolução, desde quando surgiu no preto e branco, quando passou a ser em cores e mais recentemente, com monitores cada vez mais finos e de alta tecnologia.
A mulher convivia com familiares da sua quarta geração, era uma das centenárias do Paraná e uma das poucas da região Amerios. Ela teve 8 filhos, porém cinco ja faleceram.
Dona Quitéria sempre foi uma mulher alegre e faladeira, energia, que contagiava quem estava ao seu lado. A primeira pergunta que fazia é “Você vem no meu aniversário?”. Viúva há 44 anos, a centenária vivia na casa da nora Afonsina Luzia da Silva, que tem mais de 80 anos de idade.
Seu corpo será velado na Capela, na Rua Francisco Barroso, em Douradina. O sepultamento será amanhã às 12 horas.
Vó Quitéria deixa 3 filhos 32 netos, 63 Bisnetos, 50 tataranetos e acima de tudo exemplos de coragem, luta e perseverança a serem seguidos e apreciados, por homens e mulheres, jovens e não tão jovens, que esperam poder ter uma vida longa e saudável.
O Portal Cidade Douradina deixa os nossos mais sinceros sentimentos a família. Nossos cumprimentos por ter conseguido viver tanto e ainda conservar a inocência e a alegria, que muitas vezes esquecemos que existe no meio de tantos compromissos em nossa rotina.
