De manhã, após o almoço ou à noite. No trabalho, na lanchonete ou em casa, o cafezinho está entre as preferências dos brasileiros, e parte da produção nacional está nas lavouras do Noroeste do Paraná. São 1.476 hectares de área plantada nos 29 municípios da região que devem garantir uma produção superior a 20.600 sacas de café beneficiado.
A colheita ainda está em andamento, mas até o final da safra os cafeicultores deverão totalizar um volume de comercialização de aproximadamente R$ 5.750.000. A estimativa é do Departamento de Economia Rural (Deral), do escritório regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab).
O pesquisador técnico Ênio Luiz Debarba afirma que a produção do Noroeste do Paraná encontra um bom mercado dentro e fora do Brasil, mas enfrenta forte concorrência com o café produzido em Minas Gerais.
Além disso, as condições climáticas, o empobrecimento e o enfraquecimento do solo, a falta de qualificação de profissionais para a colheita e o alto preço dos insumos agrícolas têm provocado uma redução nas lavouras da região. Para se ter uma ideia, em 2003 havia mais de 8.600 hectares de cafezais.
Apesar da redução de 82% na área plantada em um período de 10 anos, Debarba afirma que há espaço para a produção. O café produzido na região ainda é competitivo e tem credibilidade junto às grandes empresas, graças à qualidade.
