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Nova tarifa mínima para consumo de água começa a valer nesta quinta-feira

Volume de água que dá direito à tarifa mínima, que era de 10 metros cúbicos, cai pela metade. Veja como fica o preço para quem consumir mais de 5 m³.

Publicado em 31/05/2017 às 06:36

A nova forma de cobrança da tarifa de água pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) começa a valer a partir de quinta-feira (1º). Com a mudança, o volume de água que dá direito à tarifa mínima, que era de 10 metros cúbicos, cai pela metade.

Além disso, um reajuste foi liberado pela Agência Reguladora do Paraná (Agepar) e a conta de água deve ficar, em média, 8,53% mais cara em junho.

Atualmente, mais de 1,6 milhão de famílias paranaenses pagam a tarifa mínima, que é de R$ 33,74 pelo consumo de até 10 metros cúbicos de água. Cada metro cúbico equivale a mil litros.

A partir de junho, os consumidores passam a pagar R$ 32,90 para consumo de até cinco metros cúbicos de água. O desconto na tarifa é bem menor, de 10%.

A tabela da Sanepar também definiu o preço pelo consumo que ultrapassar a novo volume mínimo. Dá pouco mais de um real para cada metro cúbico excedente.

Veja como fica o preço para quem consumir mais de 5 metros cúbicos:

6 m³: R$ 33,92

7 m³: R$ 34,94

8 m³: R$ 35,96

9 m³: R$ 36,98

10 m³: R$ 38

O economista Marcos Rambalducci fez as contas e mostrou que quem gasta o volume mínimo, e quer manter esse consumo daqui pra frente, vai pagar bem mais caro.

“Aquela pessoa que pagava 10 metros cúbicos de água, a tarifa mínima, ela vai ter um aumento neste mês de 12,5% na sua tarifa”, declarou.

Em dinheiro, dá quase R$ 5 a mais por mês. O jeito, segundo o economista, é fechar a torneira.

“Sempre faz diferença, porque, principalmente pra essas pessoas que têm o consumo tão baixo, em geral está associado a uma renda menor também. Então, qualquer centavo que você puder economizar, vale a pena, sem dúvida”, argumenta o economista.

A dona de casa Luzinete Soares é conhecida no bairro onde mora, em Londrina, no norte do Paraná, pelo controle rigoroso das contas. Ela valoriza cada centavo e não está nem aí para quem a chama de mão fechada. Ela e o marido consomem, em média, 7 metros cúbicos de água por mês.

Quando soube da mudança na tarifa, a dona de casa já começou a traçar um plano para ficar dentro do novo volume mínimo e segurar a conta de água.

Dentro das medidas está lavar roupa só uma vez por semana, e sem desperdício. A água do enxágue vai direto para a limpeza do quintal. O banho vai ficar ainda mais curto.

“Nós vamos fazer aquela média: abre o chuveiro, se molha, fecha, depois abre de volta”, contou.

Se o plano de economia não der certo, Dona Luzinete já tem uma outra tática pra se manter dentro da tarifa mínima.

“A estratégia é, quando der os 5 metros cúbicos fechar o relógio e usar a água da caixa”, explicou. De acordo com a dona de casa, será o suficiente.

Em nota, a Sanepar informou que a revisão nos valores segue o que está previsto em uma lei de 2007. A conta de água vai ficar mais barata para quem ficar dentro da faixa de três metros cúbicos. Cerca de 44 % da população do estado, que corresponde a pouco mais de 4,5 milhões de pessoas segundo a sanepar, consome até oito metros cúbicos de água por mês, e terão um aumento menor do que a média de 8,53 %.

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