Umuarama – O sonho de Umuarama operar voos comerciais começa realmente a sair do papel. Após a liberação de recursos pelo governo estadual, a licitação para o início da primeira fase de adequação do aeroporto municipal tem previsão para ser concluída em 30 dias. O secretário municipal de Indústria, Comércio e Turismo, Douglas Bácaro, ainda salientou que demais recursos para a segunda fase do projeto também estão garantidos.
Em entrevista exclusiva para o jornal Umuarama Ilustrado, Bácaro garantiu que todos os projetos para adequação do aeroporto municipal estão prontos e aprovados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e demais órgão reguladores, além dos recursos do governo federal, estadual e municipal estarem todos garantidos.
A primeira fase das obras consiste em recapeamento asfáltico, ampliação da pista em 74 metros, construção de bolha de manobra e cerca de serviço começam a serem licitadas. “A licitação deve percorrer um prazo de 30 dias, até para as empresas se adequarem. Essa fase terá o investimento de R$ 5.900 milhões. Sendo R$ 4 milhões do governo do estadual e R$ 1.900 milhões em recursos do município”, noticiou.
A segunda fase do projeto terá investimentos de R$ 2.600 milhões com recursos vindo do Paraná Cidade, para a construção da estação do corpo de bombeiros e ampliação da estação de passageiros, pois não foi dimensionado para um voo com aeronave maior, como uma de 72 passageiros. “Também recebemos a doação de um caminhão de bombeiros, especifico para aeroportos, vindo da Secretária Nacional de Aviação Civil. Esse caminhão custa mais de R$ 2 milhões”, disse o secretário.
Neste mesmo processo, também será instalada uma estação meteorológica para instrumentação de voos em Umuarama, a qual ajudará nos pousos e decolagens das aeronaves em dias de tempos chuvosos e nublados.
EMPRESA A VOAR – Douglas Bácaro explicou que existe um compromisso escrito perante a companhia Azul de voar nessa região, uma vez que foi fechado um acordo entre a empresa e o governo estadual, com redução de ICMS de 2% para cada cidade a ser atendida por seus voos. “As cidades são Umuarama, Guarapuava, Pato Branco e Ponta Grossa. Hoje a Azul está voando apenas em Ponta Grossa, então ela tem interesse econômico neste sentido”, explicou.
A princípio a empresa voaria Umuarama/Campinas-SP, onde distribui seus voos. Há uma possibilidade, segundo o secretário, de o itinerário passar primeiro por Curitiba. “Mas para isso primeiro precisamos voar e depois pleitear. Nossa pressa é ter esses voos, pois hoje existe um desgaste grande quando empresas precisam trazer profissionais de outras regiões para a cidade, como também os empresários precisam se deslocar. Umuarama demanda esses voos e hoje ter uma linha aérea aqui não é luxo, é fundamental para o desenvolvimento da região. Não só daqui, mas dos amigos da fronteira Paraguai e Mato Grosso do Sul que precisam se descolocar para Cascavel, Maringá ou dourados-MS”, explicou Douglas.
Turismo
Além das questões empresariais e de comércio, o secretário ressaltou o setor de turismo, como necessidade de ter uma melhor conexão com as demais partes do mundo. “Ter uma linha aérea aqui também emplaca no desenvolvimento do setor de turismo, temos os atrativos, mas precisamos sair do potencial e do papel para a realidade mundial”, finalizou.
