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Paraná tem um Policial Militar a cada 669 pessoas

Média de habitantes por policial militar no Paraná é a segunda pior do país

Publicado em 12/03/2013 às 08:18

Mesmo com a recente formação de 1.878 policiais militares, o Paraná tem a segunda pior proporção de habitantes por PM do país, à frente apenas do Maranhão. São 669 paranaenses para cada policial militar contra uma média de 839 do estado nordestino (veja infográfico). O Brasil tem, atualmente, um PM para cada 455 cidadãos. O baixo número de policiais em atividade é mais um obstáculo para o governo no esforço para reduzir a criminalidade no estado.

Hoje, o efetivo total do Paraná é de 15.792 policiais militares. A corporação ainda conta com 3.318 bombeiros. Desde julho de 2011, quando o governador Beto Richa lançou o programa Paraná Seguro, o estado formou e contratou 2.153 PMs e 474 bombeiros militares. 

Apesar do aumento, o baixo número de PMs ainda é um problema histórico da segurança pública no Paraná e dificilmente será resolvido até o ano que vem, já que 700 policiais deixam a corporação, em média, por ano. Além disso, cerca de 5 mil policiais já podem se aposentar ou estão próximos dos 25 anos de serviço. Há duas semanas, o governo promoveu um novo concurso para 4.445 policiais militares e 819 bombeiros.

Consequência

Para o sociólogo Luis Flávio Sapori, do Centro de Estudos em Segurança Pública da Pontifícia Uni­­ver­­sidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), a defasagem no efetivo da PM tem impacto direto na capacidade de prevenir e reprimir crimes.

“O contingente é uma variável muito importante na política de segurança pública. O governo estadual precisa estar atento a isso e ter uma política permanente de contratação”, afirma. Segundo Sapori, a única forma de resolver o problema é ter um planejamento sólido no longo prazo de concursos periódicos. “Se a perda de policiais é elevada e constante, não há outro jeito.”

O presidente da Asso­­cia­­ção de Defesa dos Policiais Militares Ativos, Inativos e Pensionistas (Amai) do Paraná, coronel da reserva Elizeu Furquim, ressalta a dificuldade do governo em repor o quadro em virtude de muitos anos de defasagem.

“O déficit era automaticamente preenchido em todos os batalhões apenas na gestão do ex-governador José Richa, pai do atual [1983-1986]”, lembra. Segundo ele, Beto Richa tem tentado aumentar o contingente, mas o efetivo ainda é muito aquém do que já se perdeu e do que se perderá nos próximos anos.

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