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Preço da carne sobe quase 20% e continua puxando a inflação

Frango e porco continuam sendo boas alternativas

Publicado em 08/12/2014 às 06:16

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) continuou avançando ao longo do mês de novembro, com alta de 0,51%, ante percentual de 0,42% registrado em outubro.

No acumulado de 12 meses contabilizado até o fim do mês passado, o índice foi para 6,56%, um pouco abaixo dos 6,59% relativos ao apanhado de um ano até outubro. O grupo de alimentação é um dos que mais influenciou o resultado, sendo a carne um dos principais vilões da inflação, com aumento que passou dos 17% durante o ano.

Pelo terceiro mês consecutivo, o produto teve as maiores altas registradas. Os preços aumentaram 3,46% em novembro, mais que o dobro do índice registrado em outubro, de 1,46%. Ou seja, colocar carne na mesa está pesando cada vez mais no bolso.

Para equilibrar as finanças, muitas vezes o consumidor tem de comprar menos e optar por carnes com valores mais acessíveis. “Tá cada vez mais caro, então a gente acaba ficando de olho nas promoções e tem que escolher as carnes mais baratas. Picanha no churrasco, só de vez em quando”, diz o mestre de obras Sebastião Almeida.

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Nos açougues e mercados de Umuarama, os preços sofreram alguns reajustes no decorrer dos últimos meses. O quilo da picanha está custando quase R$ 40 – valor similar dos R$ 37,90 cobrados pelo quilo de filé mignon. Já o quilo do colchão mole gira em torno de R$ 16 e o do contra filé cerca de R$ 21. Frango e porco continuam sendo boas alternativas.

Além das carnes, outros alimentos ficaram bem mais caros de um mês para o outro, como a batata-inglesa, cujos preços aumentaram 38,71%. Alimentação e Bebidas, com 0,77%, tiveram a maior variação e o maior impacto no mês, de 0,19 ponto percentual, que equivale a 37% do IPCA de novembro.

Em segundo lugar no ranking dos principais impactos vem a gasolina, com 0,07 ponto percentual da taxa. De acordo com o IBGE, o preço do litro da gasolina ficou 1,99% mais caro, refletindo, nas bombas, parte do reajuste de 3% nas refinarias, em vigor a partir de sete de novembro. Com alta média de 1,67%, a energia elétrica contribuiu com 0,05 ponto percentual do IPCA de novembro.

PREÇOS

Dos 50 produtos e serviços Pelo terceiro mês, a carne continua puxando a inflação que mais subiram nos últimos 12 meses, apenas seis não pertencem ao grupo de alimentos. São eles: pá (+ 27,63%), carvão vegetal (+ 24,11%), refrigerador (+ 17,58%), energia elétrica residencial (+ 16,82%), mudança (+ 15,88%) e reforma de estofado (+ 14,28). Entre os produtos alimentícios que mais subiram aparecem a tangerina (+ 59,63%), o limão (+ 50,23%), a laranja-baia (+ 47,75%), o peixe tucunaré (+ 30,44%), o abacaxi (+ 30,38%) e a carne de sol (+ 28,03%).

Na contramão da carne, alguns alimentos ficaram mais baratos ao longo dos últimos 12 meses. Entre eles estão a farinha de mandioca (- 30,2%), a mandioquinha (- 29,93%), o feijão mulatinho (- 29,03%), o abacate (- 27,79%), o feijão carioca (- 20,16%), o inhame (- 15,25%) e o feijão preto (- 11,01%).

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