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Tempo seco e quente contribui para o surgimento de queimadas

O corpo de bombeiros faz um alerta sobre a prática em áreas centrais da cidade

Publicado em 03/08/2015 às 00:13

Nas duas últimas semanas, o clima estável com a presença de muito sol foi preponderante em Umuarama e em quase todo o Estado. E se depender da previsão do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), tais condições devem permanecer também na próxima semana. O mês de agosto, que começa hoje, é tipicamente reconhecido por ser o mais seco do inverno.

E bastou um breve período de seca para que as queimadas ambientais voltassem à tona, dando muito trabalho para o Corpo de Bombeiros. Por exemplo, por volta das 20h desta quinta-feira (30), um incêndio alastrou-se em terrenos baldios circundados por residências no Parque Belo Monte. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Paraná, apenas no mês de julho foram contabilizadas 158 ocorrências em todo o Estado, sendo mais da metade — 82 casos — apenas dos dias 24 a 30 deste mês.

No 6º Subgrupamento Independente de Bombeiros de Umuarama (SGBI), durante todo o último mês, a corporação atendeu sete casos de incêndios, entre os quais, o relatado no Parque Belo Monte. A partir do mapa de risco para ocorrências de fogo na vegetação, mantido pela central em Curitiba, as regiões mais propensas a queimadas eram o Norte e o Noroeste paranaense – justamente onde está localizada a Capital da Amizade e os 20 municípios atendidos pelo 6º SGBI.

No que tange ainda a todo o Paraná, as estatísticas do Corpo de Bombeiros acerca dos atendimentos ao tipo de ocorrência, demonstram que eles já são maiores neste ano no comparativo com o mesmo período de 2014. Do primeiro mês deste ano até o último dia de julho foram 3.272 casos no Estado, contra 3.046 no mesmo período de 2014. Em Umuarama, até ontem, o 6º SGBI combateu 75 incêndios e curiosamente, no último mês, as ocorrências (sete ao todo) aconteceram entre a penúltima e última semana, período em que justamente o clima começou a ficar mais seco.

CUIDADOS

Além da contribuição da própria natureza, os principais motivos para o surgimento de incêndios são atribuídos ao manejo errado do próprio ser humano com, por exemplo, tocos de cigarros acesos atirados às margens de rodovias, colocação de fogo em lixo ou entulhos, que é o principal motivo de queimadas nos terrenos localizados na área urbana. “Pedimos que as pessoas não efetuem a limpeza de terrenos utilizando-se desse mecanismo, e nem joguem bitucas de cigarros acessas nestes locais ou na beira de rodovias ou deixem objetos, como vidros, que podem funcionar como ignição do fogo”, disse o tenente Wilian Rodrigo Marques, do 6º SGBI.

O oficial confirmou que no mês de agosto as ocorrências realmente aumentam pelas condições climáticas, com o atendimento quase diário de no mínimo quatro casos de queimadas. “Na maioria dos casos, são pequenas queimadas. Em geral é a fumaça que acaba incomodando vizinhos que gera o acionamento do Corpo de Bombeiros”, explicou.

O tenente deixou claro que indiferente a proporção da queimada, o Corpo de Bombeiros irá atender a ocorrência, mas, se ela fosse evitada, haveria contribuição ao atendimento de casos mais graves. “Claro que não deixaremos de atender a ocorrência de maior vulto, entretanto, não temos um efetivo com vários caminhões e homens, por isso, às vezes o atendimento a uma queimada irá retardar a saída ou dificultará ações em pontos mais graves”, conclui o oficial.

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