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ECONOMIA

Coronavírus afeta faturamento de 88% dos micro e pequenos empresários no Paraná

Levantamento do Sebrae aponta que para 62% dos microempreendedores do estado a perda foi de mais de 50% no faturamento mensal.

Publicado em 07/04/2020 às 05:47

(Foto: Ilustrativa)

Oitenta e oito por cento dos micro e pequenos empresários do Paraná relatam ter tido diminuição no faturamento das empresas por causa dos reflexos da crise causada pelo novo coronavírus, segundo uma pesquisa realizada pelo Sebrae.

O levantamento aponta que para 62% dos microempreendedores do estado a queda foi de mais de 50% no faturamento mensal.

O estado possui mais de 1 milhão de pequenas empresas, segundo dados do Sebrae.

A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 23 de março, com alcance nacional, envolvendo 794 empresas com sede no Paraná (dentro de um total de 9,1 mil empresários). Os números do Paraná acompanharam a média registrada no restante do Brasil.

De acordo com o Sebrae, além dos 88% dos microempresários paranaenses que relataram prejuízos nas vendas, 4% dos entrevistados afirmaram que o faturamento permaneceu igual ao que era antes do isolamento social pela pandemia.

A pesquisa revelou que 36% dos microempresários paranaenses afirmam que vão precisar fechar as empresas em até um mês, caso as restrições atuais sejam mantidas.

Veja, abaixo, quanto tempo os microempresários estimam que conseguirão manter as empresas abertas, no cenário atual do estado.

Até 1 mês: 36%

de 2 a 3 meses: 30%

de 3 a 4 meses: 8%

de 5 a 6 meses: 3%

mais de 6 meses: 3%

Empréstimos

Outro recorte da pesquisa mostra que 52% dos microempresários relatam que devem recorrer à empréstimos bancários para conseguir regularizar a situação financeira.

O consultor Walter Xavier, do Sebrae, comenta que é necessário tranquilidade e análise das contas da empresa e afirma que a normalização da economia para os microempresários depende de diversos fatores.

"O empréstimo, querendo ou não, uma hora você vai ter que devolver. Aí, depende da taxa de juros, do acesso, do apoio do Governo, do incentivo pós crise para que se compre do microempreendedor", conta.

O empresário Thiago Silva é dono de uma startup que faz intermediação com profissionais autônomos que trabalham como diaristas, em Curitiba e Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

Ele conta que a demanda dos serviços caiu mais de dois terços nas últimas semanas. Antes da crise, eram cerca de 600 faxinas intermediadas por mês.

"A gente entende que agora a queda está sendo muito grande, precisamos proteger o caixa da empresa, para que, em um retorno, a gente esteja preparado para uma guinada forte também", afirma.

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