As vendas em cartões de crédito e débito caíram mais de 40% no Paraná, entre os dias 17 e 31 de março, quinzena de repercussão sobre o isolamento social pelos riscos do novo coronavírus, segundo levantamento de uma empresa de cartões.
No pagamento em débito, houve redução de 41%, conforme a pesquisa. Ainda conforme o levantamento, as vendas em cartão de crédito caíram 48% no estado, no período analisado.
Vendas no débito
O setor de supermercados foi o único analisado que apresentou aumento nas vendas com cartão de débito. O crescimento foi de 4% no período analisado.
Para empresas dos setores de turismo, vestuário e estacionamentos a redução das vendas em cartão de débito passou de 80%. Lojas de departamento do estado, conforme a pesquisa, venderam 76% a menos para pagamentos no débito.
Ainda conforme o levantamento, os pagamentos em cartão de débito caíram quase 70% em bares e restaurantes do estado.
Farmácias: -12%
Materiais de construção: -24%
Postos de combustíveis: -41%
Bares e restaurantes: - 69%
Lojas de departamento: -76%
Turismo: - 83%
Vestuário: - 87%
Estacionamentos: - 87%
Outros: - 66%
Vendas no crédito
A pesquisa mostra que, durante as duas semanas analisadas, nem mesmo o setor de supermercados teve aumento nas vendas com cartão de crédito. O setor apresentou redução de 4% nas vendas com este tipo de pagamento.
Com pagamentos em cartão de crédito, empresas de turismo, vestuário e estacionamentos também tiveram redução de mais de 80% nas vendas.
Lojas de departamento, bares e restaurantes deixaram de vender mais de 60% em pagamentos com cartão de crédito no Paraná.
Supermercados: - 4%
Farmácias: - 19%
Materiais de construção: - 34%
Postos de combustíveis: -51%
Bares e restaurantes: - 60%
Lojas de departamento: -62%
Turismo: - 83%
Vestuário: - 86%
Estacionamentos: - 87%
Outros: - 55%
Economia do estado
Entre as medidas anunciadas pelo Governo do Paraná para tentar diminuir os efeitos econômicos do isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus, foi anunciado um pacote de R$ 1 bilhão em linhas de crédito para o setor produtivo e pequenos empreendedores.
O governo também anunciou flexibilização no pagamento de impostos e aumento de prazos para os empresários.
O economista Wilhelm Meiners ressalta que, mesmo com os incentivos anunciados, será preciso injetar ainda mais dinheiro na economia paranaense, garantir o corredor de exportações e analisar a possibilidade do incentivo à vocação agrícola do estado.
"O estado é produtor de alimentos, que é um bem essencial. Pode tirar vantagem disso e garantir as cadeias de fornecimento de suprimento, que têm que continuar", diz.