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Gazin é a 3º melhor do varejo no Brasil

O ranking “maiores e melhores” da Exame revela que a mesma subiu 20 posições no faturamento em um ano.

Publicado em 22/07/2015 às 00:09

A edição deste ano do ranking “Melhores e Maiores” auditado pela Universidade de São Paulo (USP), divulgado pela revista Exame, pontua diversas informações sobre empresas do mercado brasileiros. Uma delas chamou atenção no quesito “faturamento” subindo 20 posições no ranking no curto prazo de um ano, o salto foi da 256ª para 236ª. Trata-se da Gazin, terceira melhor do varejo avaliada num conjunto de itens fundamentais para um empreendimento sólido no mercado: crescimento, liderança de mercado, liquidez corrente, rentabilidade e riqueza de empregados.

Aparentemente tímida, engana-se quem subestima os 50 anos de história de um grupo fundado no interior do Paraná, na cidade de Douradina, com pouco mais de 8mil habitantes. Atuante no ramo do varejo,  atacado, indústria de colchões, estofados, molas, auto posto, serviços financeiros e consórcio, 221 filiais nos estados do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Rondônia, Pará e Amazonas também posicionada como a  quarta melhor empresa para se trabalhar na América Latina no Brasil, segundo pesquisa do  instituto Great Place to Work, publicada pela revista Época.

Quais fatores levariam esta empresa do interior a avançar significativamente em meio a uma crise previamente anunciada?

O economista Rodrigo Oliveira, graduado pela UEL e MBA em gestão financeira empresarial pela FGV, pontuou fatores internos e externos que se bem trabalhados qualificam e validam os resultados, elementos alheios a região de atuação.

A situação econômica do país inclina o consumidor a diminuir o nível de compras enquanto valor. “Cai a busca pelo bem de consumo com preço elevado, mas continuam comprando e optando por bens acessíveis financeiramente como eletroeletrônicos”, avalia Oliveira.

Para o economista um dos maiores desafios é elevar a rentabilidade do empreendimento, critério avaliado na pesquisa pela USP. “Os demais tópicos de crescimento dependem da rentabilidade, sem ela a empresa pode estar bem posicionada, mas temporariamente”. Ainda destaca que isso significa sustentabilidade, influenciando nos demais fatores de crescimento.

O trabalho em gestão pautado em modelos de organizações mundiais é possível por meio dos recursos da globalização que disponibilizam informações praticáveis a todo o momento, um estilo adotado pela Gazin nos últimos anos. “Não é segredo que o planejamento antecipa os resultados, mas colocar em prática é o desafio”, menciona o presidente do grupo Osmar Della Valentina.

Sonia Rossi, gerente de gestão de pessoas da empresa, esclarece que gerir a equipe dentro da realidade da organização é um passo para a criação de uma cultura promissora no cumprimento de metas. “Treinamento motivacional, conhecimento sobre o produto e ferramentas que possibilitem ótima remuneração do funcionário são primordiais”.

As empresas investem numa disputa acirrada pela atenção do consumidor, o diferencial vai além de preço e qualidade. “Aqui na Gazin o nosso conceito de marketing é valorizar o consumidor todos os dias e não em um dia específico”, ressalta Edson Oleksyw, gerente de marketing da Gazin, atento ao aumento das necessidades do público diagnosticado por um mapeamento feito pela própria equipe de vendas por meio de feedbacks.

O gerente lembra que a identificação dos brasileiros  com a marca pode ocorrer no primeiro contato pelas mídias, para tal a escolha do garoto propaganda da marca que vem correspondendo a esta expectativa. ”O cantor Daniel está conosco há cinco anos e o estilo de vida dele se assemelha a nossa forma de trabalho interna e externamente, primando pela família”.

A relação de Daniel com a empresa vai além do comercial, possibilitando melhor entendimento sobre os objetivos da marca enquanto figura do marketing. “A Gazin traduz em sua filosofia o que eu sempre acreditei ser fundamental para o alcance de nossos objetivos, valorizar as pessoas”, comenta o cantor. 

PLANEJAMENTO EFICAZ

Os fatores citados até agora direcionam para o sucesso do planejamento.  “O time tem que estar totalmente focado nas mesmas coisas, ganhar o jogo, com jogadas ensaiadas em várias circunstâncias do mercado”, alerta o consultor de empresas professor Luiz Marins.

Para ele vale uma análise crítica sobre a realidade da empresa, visão para os próximos anos e metas pré-estabelecidas, juntamente com investimentos em cada componente humano da empresa conscientizando-os a “dispensar 70 a 80% de sua energia em tempo, recursos e dedicação com clareza e objetividade”. Também devem ser estipuladas ações concretas, comportamentais, observáveis e mensuráveis, cada uma com um responsável e prazo para execução, seguido de um minucioso “acompanhamento desses projetos para que o planejamento não morra no papel”.

No caso da Gazin há uma característica na maioria das vezes delicada e parecida com muitas que não ficam no meio termo, ou se afundam de vez em meio ao caos ou impactam pelo nível de gestão exemplar. “A maioria das grandes empresas do mundo continuam sendo familiares, ou seja, a maioria das ações patrimoniais estão em mãos de famílias”, informa o professor indicando a tenuidade entre  sucesso e fracasso na sucessão dos gestores, com  visão a longo prazo, profissionalização, equilíbrio entre razão e emoção.

Entre as estatísticas que preocupa ele chama atenção para o endividamento das famílias. “Cuidado com a atribuição de crédito, faça compra inteligente para evitar estoques elevados, evite desperdícios”.

Sobre a globalização o Luiz Marins é direto e dispara que “foi decretado o fim do interior do mundo”. É enfático em dizer que de qualquer lugar é possível dominar mercados globais se pautando em recursos humanos, tomando a Gazin como exemplo para esclarecer as questões a serem trabalhadas como simplicidade, foco e busca constante do envolvimento das pessoas em metas claras e objetivas. Ele conclui que o “sucesso não é um estado permanente. É uma corrida sem linha de chegada”.

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