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Greve dos professores do Paraná continuará na próxima semana

Uma assembléia será realizada apenas na próxima quarta-feira na capital do estado

Publicado em 27/02/2015 às 08:19

Ao que tudo indica a paralisação dos professores e demais servidores do ensino público estadual deve chegar a sua quarta semana. Ontem (26), o secretário de comunicação da APP-Sindicato, Luis Fernando Rodrigues, confirmou que o fim da greve depende de assembleia geral com a participação de toda a categoria. Foi justamente o mesmo modo de voto que determinou a iniciativa dos docentes em parar e, por isso, deve ser esta forma a mesma que garantirá democraticamente o fim da greve.

“Posso garantir a vocês que ao menos neste fim de semana não está programada a realização de nenhuma assembleia da categoria. Ao que tudo indica, a semana deve começar sem aula nos estabelecimentos públicos de ensino do Estado”, afirmou o secretário de comunicação antes mesmo do fim da reunião dos diretores do sindicato, na tarde desta quinta-feira.

VOTO

E sem saberem o dia preciso da assembleia geral, um número expressivo de professores pertencentes ao Núcleo Regional de Educação (NRE) de Umuarama, reuniu-se na sede local da APP-Sindicato para dialogar sobre as propostas do Governo do Estado, que foram colocadas nesta quarta- feira (25), durante reunião entre Comando de Greve e representantes políticos no Palácio do Iguaçu. “Existe um descrédito quanto ao cumprimento das promessas do governador Beto Richa, visto que em outras ocasiões ele não cumpriu o que disse. O medo dos professores é de voltarem para a sala de aula e o Governo não cumprir o que foi dito agora”, alegou o assessor de comunicação do núcleo da APP-Sindicato, Cleverson Eduardo Zanquetti. Outro item que preocupa e divide a categoria em uma possível volta, é a extinção da ParanáPrevidência.

PREVIDÊNCIA

A proposta apresentada no pacote de medidas do governo é extinguir a ParanaPrevidência e passar os recursos do fundo de pensão para serem administrados pelo tesouro do Paraná. Essa manobra garantiria que o governo utilizasse os R$ 8 bilhões para pagamento de todas as aposentadorias, aliviando o caixa do Estado, mas isso prejudicaria o futuro do pagamento das aposentadorias que ainda estão por vir. “No caso da previdência, ele [Governo] retiraria o projeto da Alep e garantiria um amplo debate com as entidades sindicais sobre qualquer alteração, mas isso apenas é promessa”, comentou o assessor.

FÉRIAS

A única ação tomada pelo Governo do Paraná, confirmada ontem pelos sindicalistas, foi o início do pagamento do terço de férias atrasado. “Até o momento apenas alguns professores receberam, já os funcionários administrativos ainda não”, divulgou Zanquetti. Para o secretário de comunicação, a iniciativa ainda é pequena perante o tamanho do problema. “O Governo liberou R$ 12 milhões para o pagamento do terço daqueles que tiraram férias em novembro e dezembro apenas, um percentual muito baixo, a grande maioria tira férias em janeiro”, lamentou o secretário. O Governo se comprometeu na reunião a realizar o pagamento em parcela única até o dia 31 de março, aos educadores que usufruíram das férias em janeiro.

Ao fim do encontro em Umuarama, os professores votaram pela continuidade da greve. Porém, a notícia mais importante veio da capital do Estado. E no início da noite desta quinta-feira, Rodrigues confirmou que a assembleia geral foi marcada para quarta-feira (4), às 09h em Curitiba.

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