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Professores decidem voltar ao trabalho diante de propostas do governo

Publicado em 30/04/2014 às 02:03

Os professores da rede estadual de ensino decidiram ontem (29), suspenderem a greve geral iniciada há uma semana e que custou cinco dias de aulas aos estudantes.

Para o Governo, os docentes devem voltar às salas de aula nesta quarta-feira (30), no entanto, o sindicato da categoria (APP-Sindicato) orientou seus integrantes a retornarem às escolas na próxima segunda-feira (5). 

A decisão, segundo os sindicalistas, deve-se ao fato de que boa parte dos professores não terão tempo hábil em regressar de Curitiba, onde participaram da marcha pela educação pública de qualidade, na tarde de ontem (29).

O diretor do sindicato, Hermes Leão, explica que os professores “continuarão em permanente estado de greve acompanhando a implantação dessas propostas. Caso o governo descumpra o que foi acordado uma nova assembleia deve ser convocada para decidir a retomada da greve”, ameaçou. 

Com o fim da paralisação, a Secretaria da Educação encaminhará nos próximos dias orientação aos 32 Núcleos Regionais de Educação sobre a reposição das aulas perdidas. Segundo o secretário será avaliado o impacto da paralisação nas várias regiões do estado.

“A orientação é de resguardar o direito máximo de todos os alunos, que é ter aula e seu conteúdo assegurados”, afirmou secretário da Educação Paulo Schmidt.

Segundo o secretário os Núcleos Regionais de Educação (NREs) serão responsáveis em assegurar a efetivação da reposição das aulas. “Desde o início desta gestão o Estado tem um compromisso assumido com os professores e com todos os profissionais da educação” garantiu Schmidt.

Manifestação - Professores da rede estadual de ensino no Paraná realizaram ontem um ato em frente ao Palácio Iguaçu. A mobilização consistiu em realização de discursos de autoridades vinculadas à categoria, e ocorreu após a Marcha da Educação, iniciada pelos professores, no Centro de Curitiba.

O APP-Sindicato estima que o ato reuniu cerca de 20 mil professores, vindos de todo o Paraná e também de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, já que a mobilização também fez parte de um ato integrado à Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que acontece em todo o país.

 

ACORDO ENTRE SINDICATO E GOVERNO
- Estudos para melhorar o Sistema de Assistência à Saúde (SAS) dos funcionários públicos do Paraná.

-  Contagem do tempo de serviço para fins de estágio probatório no caso de aprovação em concurso público de professores em regime de Processo Seletivo Simples (PSS).

- Reconhecimento de pós-graduação de professores PSS para fins de reconhecimento salarial.

- Pagamento de promoções e progressões atrasadas em três parcelas (junho, agosto e novembro de 2014).

- Compensação financeira de 3,3% de hora-atividade, a partir de agosto e elaboração de documento para efetivação de 33,33% de hora-atividade para 2015.

- Equiparação do auxílio-transporte de agentes educacionais ao do cargo de professor de 20 horas, de R$ 250,48 para R$ 361,63.

- Melhorias na jornada de trabalho das Escolas de Educação Básica na Modalidade de Educação Especial.

- Aumento salarial de 6,5% para os professores, mesmo índice que será aplicado às demais categorias de servidores do estado na data-base.

- Promessa de que nenhum servidor público receberá salário abaixo do piso mínimo regional, que varia de R$ 948,20 a R$ 1.095,60. Benefício direto para as merendeiras.

- Revogação do desconto do auxílio transporte em casos de tratamento de saúde.

- Comissão para estudar a implantação do cargo de 40 horas, composta pela Secretaria da Educação, da Administração e Previdência e pelo APP-Sindicato.

- Demais itens da pauta da reivindicação do sindicato permanecem na pauta de discussão com a Secretaria da Educação, que será retomada já no mês de maio.

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