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INVESTIGAÇÃO

Gabinete de deputado e hospital são alvos de operação do Gaeco

Foram presos médicos e funcionários do hospital, também assessores, secretárias e intermediadores do esquema.

Publicado em 10/12/2018 às 05:05
Atualizado em

(Foto: Alexandre Mazzo/ Gazeta do povo)

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na manhã desta segunda-feira (10), investiga um esquema envolvendo médicos e empresários que furavam a fila de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo as investigações, através de propina os envolvidos conseguiam pular o tempo de espera para realizações de procedimentos médicos no sistema.

Estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão temporária e outros 45 de busca e apreensão. Entre os alvos, segundo o Bom dia Paraná, da RPC, está o gabinete do deputado estadual Ademir Bier (PSD), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e também o Hospital São Lucas, de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Ademir Bier não foi eleito este ano e, até o começo da manhã, quando a operação iniciou, ainda não sabia qual era seu envolvimento no esquema. Além do deputado, dois vereadores também foram alvos de ordens judiciais, mas os nomes destes políticos não foram informados, nem de qual cidade são.

As investigações começaram há cerca de 18 meses, na Promotoria de Justiça de Campo Largo. As buscas também devem ser feitas na empresa Solumedi, em Curitiba, que é especializada em agendamento de consultas. No Hospital São Lucas, as equipes do Gaeco também cumpriram buscas. Além disso, dois médicos e dois funcionários do hospital da RMC foram presos.

Fora os médicos e funcionários do hospital, também foram presos assessores, secretárias e intermediadores, um deles vereador em Bandeirantes, cidade que fica a pouco mais de 400 quilômetros de Curitiba. Os mandados de busca foram cumpridos em dez cidades (Curitiba, Campo Largo, Marechal Cândido Rondon, Almirante Tamandaré, Campina Grande do Sul, Telêmaco Borba, Bandeirantes, Campo Magro, Colombo e Siqueira Campos), atingindo o gabinete do deputado estadual, o diretório de um partido político, o hospital e clínicas.

Operação Mustela

Batizada de Operação Mustela, a ação do Gaeco faz referência ao mustela, animal conhecido também como “furão”. O nome é referência ao método que o esquema funcionava, já que as pessoas conseguiram passar na frente na fila do SUS, que é sempre tão concorrida.

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