Um policial civil e outras seis pessoas foram presas temporariamente durante operação de combate ao tráfico de drogas desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na manhã de ontem (12), em Cidade Gaúcha. Todos foram levados para Maringá. As prisões são válidas por 30 dias.
Segundo o Ministério Público, a ação, denominada Operação Carricare (do latim, carregar, transportar) é voltada a coibir crimes de organização criminosa, tráfico interestadual de drogas e outros delitos praticados no município e região.
Os trabalhos são conduzidos de forma conjunta pela Promotoria de Justiça de Cidade Gaúcha e pelo Núcleo de Maringá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Conforme apurado pelo MPPR, os integrantes da organização criminosa traziam grandes quantidades de entorpecentes de outros municípios, por meio de barcos, levando as substâncias até Cidade Gaúcha. Em seguida, as drogas eram escondidas em fundos falsos de caminhões e transportadas para São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo o MP, nesta quarta-feira, 11 de abril, um caminhão com carregamento de drogas da suposta organização criminosa foi abordado pela Polícia Rodoviária Estadual em Rolândia, no Norte Central do Estado. Foi encontrado no veículo um compartimento secreto, abaixo do teto, onde havia 535 tabletes de maconha (457 quilos da droga).
Ainda de acordo com as investigações, iniciadas há seis meses, o policial civil preso é suspeito de colaborar com a organização criminosa e também de comercializar munições. Não foi divulgado se a munição era do Estado ou adquirida de forma ilegal.
Além dos sete mandados de prisão, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Juízo Criminal da Comarca de Cidade Gaúcha.
Esta não é a primeira ação do Gaeco em Cidade Gaúcha. No início de fevereiro, dois investigadores da Polícia Civil foram presos suspeitos de receber dinheiro de presos em troca de regalias. Sete dias depois, o delegado da Comarca foi afastado pela Justiça por suspeita de prevaricação. Segundo o Gaeco, ele tinha conhecimento da atuação irregular dos policiais e se omitiu, evitando que o crime não fosse cometido.
Colaboração: Ilustrado.
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