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TCE-PR investiga prefeito por nomear a esposa para cargo em Nova Olímpia

Luiz Lázaro Sorvos (PDT) diz que investigação é retaliação de conselheiro. Ele encabeça campanha para reduzir o poder de investigação do Tribunal.

Publicado em 06/08/2014 às 01:20

O prefeito de Nova Olímpia, no norte do Paraná, está sendo investigado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), por nomear a mulher como controladora interna da prefeitura, em 2007. Luiz Lázaro Sorvos (PDT) também é presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e encabeçou uma campanha para a aprovação, na Assembleia Legislativa, da diminuição do poder de investigação do Tribunal, em julho.

De acordo com o conselheiro do TCE-PR Nestor Baptista, o prefeito omitiu ao TCE que Ângela Silvana Zaupa era sua esposa, quando o concurso foi realizado. A mulher ficou em terceiro lugar na lista em que apenas duas pessoas eram selecionadas, diz o conselheiro. A nomeação, conforme o próprio Tribunal, caracteriza-se como nepotismo.

\"Nova Olímpia é muito grande para ter dois controladores internos. Só que esta é a esposa do prefeito. Em 2007, o senhor Luiz Sorvos, para aumentar a renda da família, evidentemente, nomeou a terceira colocada como a segunda controladora do município de Nova Olímpia\", diz o conselheiro.

O TCE informou, portanto, que fará uma inspeção na prefeitura para averiguar se, de fato, houve irregularidades na nomeação de Ângela. Segundo o Tribunal, a administração municipal não encaminha prestações de contas há mais de um ano.

Sorvos disse, por meio de nota, que a investigação é uma retaliação do conselheiro pelo projeto de lei contra o TCE, levado à Assembleia. \"Causa-me espécie e só posso qualificar o seu comportamento de revanchista e retalhador, quer me amedrontar,  usa de inverdades para me ameaçar tentando me desmoralizar, deixando provável intuito de enfraquecer as reivindicações dos prefeitos\", afirma.

O prefeito ainda afirma que toda documentação da nomeação foram encaminhadas ao TCE, na época, e nenhuma irregularidade foi apontada. Segundo ele, as condições da mulher e das outras candidatas eram as mesmas.

\"Não fica bem para um juiz de corte de contas deitar falação, tecer inverdades sobre assuntos já julgados e devidamente arquivados. Não é porque as reivindicações municipalistas não lhe agradam que pode se investir no direito de nos atacar\", defende-se.

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