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Rodovia

DER inicia operação tapa buracos na PR-082,entre Douradina e Ivaté

Material utilizado resolve temporariamente o problema da via.

Publicado em 15/11/2018 às 01:37
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PR-082, Km 578 que liga Douradina e Ivaté nesta quinta-feira (15). (Foto: Portal da Cidade)

O DER iniciou nesta quarta-feira (14) uma operação tapa-buracos na rodovia PR-082, entre Douradina e o município de Ivaté.

No final do mês passado o Portal da Cidade Douradina havia mostrado a situação precária da rodovia. O assunto gerou polêmica nas redes sociais.

Os prefeitos João Jorge Sossai (Douradina) e Univaldo Campaner (Ivaté) e o deputado estadual Claudio Palozi foram a Curitiba solicitar providências por parte dos órgãos responsáveis.

Disputas entre empresas travam R$ 1 bilhão em obras rodoviárias

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) está investindo mais de R$ 2 bilhões em obras e serviços de conservação rodoviária em todo o Estado. Mas este valor teria um acréscimo de R$ 1 bilhão se fossem destravadas todas as licitações do órgão que são objeto de medidas judiciais.

A maior parte das ações é por disputa entre concorrentes das obras licitadas. “Liminares impedem o início de importantes e necessárias intervenções nas rodovias paranaenses, muitas delas urgentes para garantir a segurança e trafegabilidade”, afirma o diretor-geral do DER-PR, Paulo Tadeu Dziedricki.

Na grande maioria das situações, as obras não podem ser iniciadas porque empresas perdedoras dos processos licitatórios recorrem à Justiça contra a habilitação do vencedor. Em alguns há questionamentos durante as etapas do processo, por recursos administrativos. Mas geralmente a ação judicial é proposta após a homologação do resultado, na véspera da assinatura do contrato.

CONSERVAÇÃO – Não são apenas obras novas que ficam paralisadas e quem sofre as consequências da judicialização dos processos licitatórios são os usuários das rodovias. O maior impacto é verificado no Programa Estadual de Recuperação e Conservação de Estradas (PERC II). As ordens de serviço começaram a ser emitidas no último mês de junho, com duração de 36 meses, e previsão de um total de R$ 1,5 bilhão em investimentos.

O programa é dividido em várias ações. Os subprogramas de Conservação de Pavimentos (COP) e de Conservação e Recuperação Descontínua com Melhoria do Estado do Pavimento (CREMEP) abrangem 10,2 mil quilômetros de rodovias pavimentadas. Dos 18 lotes do COP, sete estão aguardando a resolução de pendências judiciais. Dos 15 lotes do CREMEP, um depende do desfecho na Justiça.

Os serviços de conservação contratados e em andamento totalizam 6,2 mil quilômetros. Isso equivale a 61% da malha estadual pavimentada. O restante (39%) está sem contratos de conservação. “As regiões Norte e Noroeste do Estado têm aproximadamente 34% das rodovias de todo o Paraná e concentram o maior número de licitações sub judice. Por maior que seja o esforço do DER, não se consegue iniciar os serviços. E com esse período de chuvas, os problemas vão se agravando e se multiplicando”, aponta Dziedricki.

FAIXA DE DOMÍNIO - No subprograma de conservação da faixa de domínio, os 11,5 mil quilômetros da malha paranaense estão sem serviços rotineiros, como roçada e limpeza de bueiros, sarjetas e valetas. Os 40 contratos somam R$ 252 milhões.

SEGURANÇA E TRAFEGABILIDADE - Em suas petições, a Procuradoria Jurídica do DER-PR argumenta que o órgão tem tentado manter as rodovias sob sua gestão em condições mínimas de trafegabilidade e segurança, executando serviços emergenciais de tapa-buraco de forma direta.

“Sem os contratos que aguardam decisão judicial, não está sendo possível atender todas as demandas”, explica Dziedricki, que ressalta que a demora no início dos serviços de conservação compromete a rodovia. “Um buraco aberto permite a entrada de água na pavimentação e cria mais buracos e danos à rodovia”.

NOVOS CONTRATOS - De acordo com o diretor-geral do DER-PR, algumas licitações estão sendo liberadas pelos magistrados. Após o desfecho judicial na semana passada, já está sendo providenciada a assinatura de contratos para serviços em três lotes de conservação de pavimentos - dois na região Norte e um na Noroeste, que somam 1.091 quilômetros de extensão, no valor de R$ 147,5 milhões.

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