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Clima tenso

Moradores de Altônia relatam clima tenso e polícia ganha reforço

Duas equipes do Cope chegaram à cidade nesta terça-feira (27).

Publicado em 28/03/2018 às 00:09
Atualizado em

(Foto: Google Street View)

Moradores de Altônia, relatam um clima tenso após o desaparecimento da miss Bruna Zucco, de 21 anos, que foi vista pela última vez na madrugada da última quinta-feira (22), após sair da faculdade.

A polícia acredita que um dos um dos dois corpos encontrados carbonizados em uma picape, em uma estrada rural da cidade, é da estudante.

Nesta terça-feira (27), duas equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) chegaram à cidade para integrar a frente de investigação, segundo o delegado Izaias Cordeiro de Lima.

Lima informou que os policiais intensamente no caso e que a linha de apuração já está “traçada e definida”, mas disse que não pode fornecer mais detalhes no momento, porque o caso é muito delicado.

Ele explicou ainda que o Cope vai dar apoio ostensivo e operacional para ajudar a manter a calma na cidade.

“Como o caso ganhou repercussão nacional, a gente optou por bem trabalhar com essas duas frentes, a frente ostensiva e a frente investigativa, justamente para evitar que houvesse outro homicídio”, afirmou.

O delegado lembrou que, um dia antes de as duas vítimas serem encontradas carbonizadas no carro, outro homicídio havia sido registrado na cidade .

Ainda segundo Lima, o diretor do Instituto Médico-Legal (IML) informou que uma corrente e um anel foram encontrados junto ao corpo da mulher que estava no veículo carbonizado. Esses objetos não foram identificados e, para o delegado, não interferem na investigação.

A Polícia Civil aguarda o resultado de um exame de DNA, que será realizado em Curitiba e deve ficar pronto em até 60 dias. A família de Bruna forneceu material genético para o teste.

O outro cadáver encontrado no carro pode ser do empresário Valdir Brito Feitosa, que também está desaparecido desde a madrugada de quinta-feira. Material genético de familiares do empresário também foi colhido para a realização do exame de identificação.


Clima na cidade

Os moradores relataram que o clima em Altônia é de tensão e de medo, e que a expectativa é de que o crime seja solucionado logo.

“Enquanto não desvendar [o crime], fica todo mundo nesta angústia”, disse a gerente de loja Gislaine Buzzo de Oliveira.

Gislaine contou que o desaparecimento e os corpos encontrados carbonizados são os principais assuntos na cidade. “É muito sofrimento, a gente pensa muito na família”, pontuou.

Em entrevista ao G1, a avó de Bruna, Agda de Lima Segantin, disse que a família acredita que a estudante está viva.

Raquel Coelho Dalto, operadora de caixa, relatou que moradores estão até pensando em ir embora da cidade. “O pessoal ficou bastante abalado”, afirmou.

A operadora de caixa compartilha a opinião de Gislaine, e acredita que o clima só vai ficar mais tranquilo quando o crime for solucionado.

Marcelo Tavares, radialista, disse que a população está assustada com o aumento da criminalidade. No entanto, o aumento da segurança nos últimos dias, principalmente devido às investigações do caso, deixa a população mais tranquila.

“Claro que, você vendo viaturas, vendo o Exército, você fica mais tranquilo”, declarou.

Equipes do Exército também chegaram à cidade nesta terça-feira, mas o trabalho não tem relação com as investigações do crime. Trata-se da Operação Fronteira Sul, que reforça a segurança na região de fronteira.

A ação do Exército tem como objetivo fazer a prevenção e repressão de crimes como contrabando e tráfico de drogas e de armas. O Exército não informa o período que as equipes ficam em cada uma das cidades por questões estratégicas da operação.

Colaboração: G1 Paraná.


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