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Garotinha de Xambrê conhece doador de medula que salvou sua vida

Publicado em 10/06/2016 às 00:53

Xambrê - Uma garotinha de 11 anos, moradora de Xambrê (a 35 quilômetros de Umuarama), teve um encontro emocionante esta semana no Hospital de Clínicas de Curitiba. Gabrielly Aparecida conheceu Nelson Dalbosco, morador de Santa Catarina que doou medula óssea para um transplante.

Xambrê e Guabiruba, onde Dalbosco vive, são separados por quase mil quilômetros, mas um gesto de solidariedade acabou unindo os dois moradores. Gabrielly foi diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda, um tipo de câncer nos glóbulos brancos no sangue. Desde 2013, viajava 8h até Curitiba para tratamento.

Com necessidade urgente de um transplante para a garotinha, a família iniciou a procura por doadores, mas nenhum parente era compatível. A opção foi acionar o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea do Instituto Nacional do Câncer, porém, era difícil. A probabilidade de achar um doador fora da família é de 1 para 100 mil casos.

Gabrielly teve sorte e descobriu que a ajuda viria do estado vizinho, por meio de Nelson Dalbosco. O transplante aconteceu em setembro de 2014, quando ela tinha nove anos, e esta semana, os dois se conheceram, em um encontro com muitas abraços e palavras de agradecimento.

“Ele salvou a minha filha. Se não fosse por ele, não sei o que aconteceria”, afirmou Vanilda da Silva Andrade, mãe da Gabrielly. “Foi muito importante. Também sou muito agradecida à equipe médica, pois o tratamento aqui foi muito bom." 

Mas qual foi a motivação para se voluntariar a algo tão importante? 

“Decidi entrar na lista de doadores por causa de uma ação que aconteceu em minha cidade, para ajudar outra criança”, contou Dalbosco. 

O encontro 

No abraço entre Gabrielly e Nelson, muitas perguntas: “brincando muito? Fazendo muita bagunça? Dando muito trabalho para sua mãe?” Parentes e funcionários do Hospital de Clínicas que acompanharam o encontro ficaram comovidos.

Francelaine Lopes Roberto, residente do 2º ano de Terapia Ocupacional, acredita que a situação é um aprendizado para a vida. “São boas experiências que a residência nos traz, que o Transplante de Medula Óssea trouxe para nós”, diz. Danielle de Fátima Kichileski, também residente, define o encontro entre receptor e doador como emocionante.

O ato estimula a querer ajudar ao próximo. Salvar vidas. 

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