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Saúde

Norospar faz campanha para arrecadar linhas de crochê para o Projeto Polvo Amigo

Os Polvos são considerados auxiliares terapêuticos, ajudam a acalmar os bebês e têm uma função importante dentro das incubadoras.

Publicado em 11/09/2020 às 01:17
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A artesã Cida, que mora na Vila Formosa, é uma das voluntárias que confeccionam os Polvos Amigos gratuitamente. Ela já fez e doou mais de 3 mil polvinhos. (Foto: Divulgação)

O Hospital e Maternidade Norospar faz campanha para arrecadar linhas de crochê destinadas à produção de Polvos Amigos para os bebês da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI). As linhas devem ser 100% algodão, número 6 e das marcas Barroco, Anne ou Charme, de qualquer cor.

As doações podem ser entregues nas recepções do Pronto Socorro e Social da Norospar. Mais informações pelo fone (44) 3621-1299.

Após a Pandemia de Covid-19, as doações de linha de algodão diminuíram muito. As doações, normalmente feitas por familiares de bebês internados na UTI Neo, são enviadas a voluntárias de diversas cidades da região que confeccionam os Polvos gratuitamente.

“Quando o bebê recebe alta da UTI Neonatal ele leva o seu Polvo Amigo junto. Então precisamos de doações constantes para que os bebês que necessitam sejam beneficiados”, disse a enfermeira Carla Narvaes Figueiredo de Ascenção, da UTI Neonatal da Norospar.

Os Polvos são considerados auxiliares terapêuticos, ajudam a acalmar os bebês e têm uma função importante dentro das incubadoras.

“Os bebês que recebem a companhia do Polvo Amigo ficam mais calmos. Uma das explicações defendidas pelos especialistas é que os tentáculos lembram o cordão umbilical, o que proporciona a sensação de conforto e segurança ao bebê”, explica a enfermeira Carla.

Polvo Amigo também ajuda a reduzir os incidentes com sondas e cateteres dentro a incubadora. De acordo com a enfermeira, os polvos são macios e os tentáculos se encaixam nas mãozinhas dos bebês, evitando que eles puxem os fios conectados a incubadora.


ORIGEM

A utilização dos polvos de crochê em UTIs Neonatais começou na Dinamarca, em 2013, com o nome de Octo Project. Com resultados positivos, logo a ideia se espalhou e começou a ser utilizada em diversos hospitais pelo mundo.

Em 2016, a artesã Maria Aparecida dos Santos Oliveira – a Cida, que mora em Vila Formosa, distrito de Douradina, há 50 Km de Umuarama, assistiu a uma reportagem na TV sobre os resultados do Octo Project. A artesã resolveu então fazer um protótipo.

“Vi que os polvinhos estavam ajudando os bebês na Dinamarca e quis trazer isso para cá. Como trabalho fazendo roupas de crochê, não foi difícil. Logo fiz os primeiros e assim que divulguei nas redes sociais, a equipe do hospital entrou em contato comigo. E de lá para cá nunca mais parei de fazer”, conta Cida, que deu à sua versão do projeto, o nome de Polvo Amigo, “pois eles são verdadeiros amigos dos bebês”, justifica.

Em três anos, Cida já confeccionou e doou 3.100 polvinhos para maternidades e UTI`s Neonatais da região. “Eu fico muito feliz ao ver essas imagens dos bebês tranquilos, abraçados aos amiguinhos que eu fiz. Meu sentimento não tem como descrever”.

A artesã conta que há alguns anos perdeu um filho que tinha penas 18 anos de idade e precisou procurar razões para viver. “Quando perdi meu filho, perdi um pouco a alegria de viver e fazer esse tipo de coisa me motiva a continuar”, conta a voluntária.

As linhas doadas são encaminhadas para a Cida e outras voluntárias que, como ela, ajudam a levar conforto e carinho para os bebês internados na UTI Neonatal da Norospar. Doe você também.

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