Danilo Emanuel Vilas Boas, acusado de atirar na irmã, Thaysa Vilas Boas, de 22 anos, que estava grávida de sete meses em julho de 2016, será julgado nesta sexta-feira (8), em Cruzeiro do Oeste.
Thaysa levou um tiro na cabeça quando se arrumava para ir a uma consulta em Tapejara. Ela não morreu, mas desde o dia do tiro vive em estado vegetativo. Foram 60 dias internada, além de idas e vindas ao hospital.
O júri popular será realizado no Fórum de Cruzeiro do Oeste, a partir das 9h e será composto por sete jurados, que serão sorteados entre 24 pessoas antes do início da sessão. O julgamento será presidido pela juíza Maristela Aparecida Siqueira Dabiz.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) acusa Vilas Boas de tentativa de homicídio qualificado, pois a irmã ficou ferida, e por homicídio consumado em relação ao bebê, a criança morreu no hospital.
Na época que foi preso, em agosto de 2016, Danilo Vilas Boas confessou à Polícia Civil que atirou na irmã. Em depoimento, ele disse que estava drogado no dia do crime e que confundiu a irmã com o namorado dela, com quem tinha problemas de relacionamento. O réu está preso na Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste há quase dois anos.
O advogado Hasan Azara, que defende Vilas Boas, disse ao G1 que tentará uma pena mais branda para o cliente. Ele vai defender que foi homicídio culposo, pois o cliente não teve intenção de matar.
Azara informou que a previsão é ouvir dez testemunhas de acusação e defesa durante o julgamento nesta sexta-feira. A previsão é que o julgamento termine no fim do dia.
Relembre a história
Thaysa estava em casa se preparando para ir a uma consulta do pré-natal quando foi atingida por um tiro na cabeça, por volta das 12h40. Após ser internada, os médicos realizaram uma cesárea, tiraram o bebê, mas a criança não resistiu e morreu três dias depois.
O ex-namorado dela e pai da criança, chegou a ser preso, mas ganhou liberdade alguns dias depois.
No cumprimento de mandado de prisão contra Daniel Vilas Boas, no dia 18 de agosto, a polícia ainda cumpriu mandados de busca e apreensão na casa onde moravam os irmãos. No local, a polícia apreendeu um revólver e munição.
Ao confessar o crime, Danilo disse que estava sob o efeito de drogas. O advogado contou que o jovem passou a noite usando drogas e, no dia em que atirou contra a irmã, acordou entorpecido.