A Polícia Civil apreendeu na cidade de Loanda, na madrugada de quarta-feira (24), um carregamento de cigarros contrabandeado do Paraguai. São mil pacotes de cigarros (cada pacote tem dez maços com 20 unidades cada), avaliados em R$ 600 mil.
A carreta usada para o transporte está avaliada em R$ 400 mil e também acabou apreendida (de acordo com a lei de repressão ao contrabando), totalizando prejuízo de R$ 1 milhão para os proprietários do negócio ilegal.
O motorista, residente em Loanda, informou que o produto seria distribuído em Paranavaí. Ele não soube informar a origem da carga, apenas revelando que pegou a carreta já com a chave na ignição em um posto de combustíveis em Querência do Norte, devendo entregá-la em um ponto combinado no destino final, em Paranavaí.
O delegado de Loanda, Luciano Dias, disse ao Diário do Noroeste, por telefone, que o detido estava com R$ 3 mil escondidos na cueca, o valor que ganharia para dirigir a carreta.
O produto apreendido é fabricado no Paraguai. São cigarros das marcas “Te” e “Eight”, ambos encontrados no varejo ilegal em pontos de venda de diversas cidades.
O motorista tem passagens anteriores pela Polícia também por envolvimento com contrabando. Ainda na sua ficha consta uma agressão a policial militar durante averiguações por suspeita de crime.
Por se tratar de um crime federal, o motorista, a carreta e a carga foram encaminhados para a Polícia Federal em Maringá, onde haverá a sequência das investigações.
A DETENÇÃO - O caso começou a ser desvendado por volta de 1 hora da madrugada de quarta-feira. A equipe da Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, interceptou a carreta na PR-182, que liga Santa Isabel do Ivaí a Loanda, na região Noroeste.
Uma equipe da PM ainda fez buscas em áreas próximas, tentando encontrar um eventual batedor, ou seja, um carro de apoio, o que é comum neste tipo de delito.
Porém, nada foi localizado e nem suspeitos identificados. Logo após houve a vistoria na carreta, com os policiais encontrando o produto contrabandeado.
NÚMEROS - O contrabando de cigarros vem se tornando um problema grave de evasão fiscal e também de saúde pública. Isso porque não há recolhimento de impostos e nem controle sobre os ingredientes que compõem o cigarro contrabandeado.
Números de 2017 apontam que 48% de todo cigarro consumido no Brasil são oriundos da atividade ilegal. Naquele ano a produção legalizada de cigarros no país foi de 2,6 bilhões de caixas com 20 cigarros cada.