Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que altera de 20 para 25 o número de aulas práticas para quem tira a carteira de motorista pode elevar ainda mais o preço da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A medida, que passou a vigorar nesta semana, vale apenas para quem se habilitar à categoria B, específica para veículos de passeio. Dessas 25 horas, cinco deverão ser realizadas no período noturno, podendo ser substituídas por aulas com simuladores. Até então, eram exigidas 20 aulas práticas.
Com o aumento de 25% da carga horária prática, os valores praticados pelas autoescolas e Centros de Formação de Condutores (CFC), deve aumentar substancialmente. Além do reajuste de final de ano, que gira em torno de 9%, os candidatos a novas habilitações terão que pagar mais pela diferença das aulas adicionais.
“Até então, eram 20 aulas práticas de 50 minutos cada. Com esta nova exigência, além do reajuste anual, vai ficar mais caro porque as autoescolas terão mais despesa com o aumento da carga horária prática”, confirma Greice Nogueira, diretora de ensino de um CFC.
Consequentemente, a procura pela primeira habilitação, que costuma disparar nesta época do ano, deve ter um incremento ainda maior por conta dos candidatos que vão querer se antecipar à mudança. “Nesse período de final de ano temos a maior procura, porque as pessoas querem pagar o menor preço. Com essas aulas a mais, o número de c a n d i d a t o s pode ser ainda maior”, avalia a diretora.
MAIS AULAS
A carga horária prática já foi alterada em outra ocasião, de 15 para 20 aulas. Ainda assim, nos moldes atuais, o aluno que se sentir despreparado pode solicitar a realização de mais aulas. “Nesses últimos anos já teve a mudança de quinze pra vinte aulas e o resultado no aprendizado do aluno foi satisfatório. Mesmo assim, se o instrutor percebe que o aluno precisa, ele tem a opção de fazer mais aulas”, reitera Greice.
