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‘Eu estava defendendo a minha filha’, diz mãe que agrediu professora em Umuarama

Publicado em 25/08/2017 às 22:57

A mãe que agrediu uma professora da Escola Municipal Cândido Portinari, em Umuarama, no noroeste do Paraná, registrou um boletim de ocorrência contra a docente por agressão contra a filha dela, que tem seis anos e é estudante 1º ano.

“Eu estava defendendo a minha filha”, afirmou a mulher, que prestou depoimento na delegacia da cidade na manhã desta sexta-feira (25). Ela preferiu não ser identificada. 

A professora registrou boletim de ocorrência na terça-feira (22), mesmo dia da agressão, e depois disso pediu afastamento da função.

Por causa da ocorrência, as aulas na escola foram suspensas na quinta (24) e nesta sexta-feira (25) e devem ser retomadas na segunda-feira (28). Na quinta, professores protestaram contra a violência.

O delegado Osnildo Lemes disse que a docente foi ouvida e alegou ter sido agredida com dois tapas no rosto e apresentou a diretora da escola, que presenciou as agressões, como testemunha.

A mãe da aluna também registrou boletim de ocorrência contra a professora, afirmando que a filha foi agredida pela docente dentro da sala de aula.

Exames de corpo de delito foram realizados na professora e na aluna, e os laudos devem ser anexados ao inquérito. Uma audiência na Justiça foi marcada para o início de setembro.

Em entrevista à equipe de reportagem da RPC Noroeste, a mãe disse que questionou a professora por ter batido a cabeça da criança contra a mesa. Segundo ela, a professora olhou para a menina e disse que era mentira.

“Eu entendi que ela estava intimidando a minha filha e foi por isso que, na hora, eu me excedi”, declarou.

Ainda de acordo com a mãe, ela entendeu que a professora ameaçou a menina com o olhar.

“Não acho que foi a medida mais inteligente para mim, mas como mãe, eu estava defendendo a minha filha, porque ali ninguém estava preocupada com a minha filha, em nenhum momento”, disse.

O que diz a prefeitura

A secretária de Educação de Umuarama Maria Clory Zanferraro disse que aguarda o resultado das investigações para tomar qualquer atitude.

A emissora pediu o nome e o contato da professora para ouvir a versão dela dos fatos. Mas as secretarias de Educação e de Comunicação informaram que o nome não será divulgado para preservar a docente e a identidade dela dentro da escola.

Além disso, a secretaria de Educação disse que vai fazer uma reunião com pais de alunos do bairro Sonho Meu, onde fica a Escola Municipal Cândido Portinari, para discutir melhorias no ambiente escolar e evitar situações como essa no futuro. O encontro ainda não tem data definida.

A prefeitura informou que a Guarda Municipal estará mais presente no ambiente escolar, principalmente na entrada e saída dos estudantes.

Outras manifestações

A escola municipal São Francisco também interrompeu as aulas nesta sexta-feira, em solidariedade aos funcionários da Escola Municipal Cândido Portinari.

Outras escolas fizeram protesto contra a violência aos professores e funcionários, com faixas pedindo paz nas escolas e professores e funcionários vestindo branco.

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