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Professores da rede estadual suspendem greve

Publicado em 01/11/2016 às 00:10

Professores e funcionários do Estado decidiram nesta segunda-feira (31), encerrar a greve. O debate foi intenso, se estendeu até o início da tarde e a grande maioria dospresentes decidiu que, tendo em vista a conclusão do ano letivo e a abertura da mesa de negociações, é hora de voltar às escolas. 

A greve que durou 15 dias e foi uma denúncia da quebra de compromissos assegurados nas leis (Constituição e Lei da Database) foi, em toda sua duração, legítima, justa e digna do respeito do governo e da sociedade. “O item principal que motivou a greve, foi o desrespeito com os servidores. A data-base também é dívida, não é um aumento. O governador quebrou um compromisso que ele mesmo havia feito com a nossa categoria. O que temos direito é ao reajuste do poder de compra que precisa ser corrigido, pelo menos, uma vez por ano”, defendeu o presidente da APP. 

Durante a assembleia, o presidente da APP reforçou que a suspensão da greve não significa que o calendário de mobilizações contra a retirada de direitos doseducadorese estudantes se encerrou. “Queremos sim, debater as condições de trabalho e de aprendizado, junto com o governo, com estudantes e com toda a comunidade. Não aceitaremos a desvalorização dos servidores, de maneira alguma”, defende o professor Hermes. 

A ampla maioria dospresentes decidiu que as aulas retornam nesta terça-feira (1º). “Vamos voltar às escolas, sim, mas não iremos baixar nossa cabeça e nos submeter a medidas autoritárias. A APP e a categoria não aceitarão o assédio moral do governo, em um estado democrático direito. Em abril, a APP comemora 70 anos e, em toda nossa história, nunca fomos intimidados com essas ameaças do governo”, afirma o presidente da APP Sindicato, professor Hermes Silva Leão ao lamentar a postura do governo em tentar o movimento grevista e também o movimento dosestudantes que protagoniza a maior ocupação de escolas da história do Paraná. 

Na última quarta-feira (22), representantes do Fórum das Entidades Sindicais (FES) se reuniram com o governo para levar a pauta de reivindicação da data-base das 22 categorias do funcionalismo estadual. “Levamos aquilo que estamos comprovando desde antes da nossa greve: que há condições do pagamento tanto das promoções e progressões dos educadores quanto da data-base para os servidores”, evidenciou a secretária de Finanças da APP, professora Marlei Fernandes de Carvalho. 

REPOSIÇÕES 

Para as escolas que estão em suspensão, por ocupação ou greve, a Seed, durante debate com a direção da APP-Sindicato, afirmou que cada comunidade escolar terá autonomia para deliberar sobre quando haverá a reposição.

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