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Professores e funcionários da UEM decidem colocar fim à paralisação

A decisão ocorreu durante uma assembleia geral realizada em Maringá

Publicado em 25/06/2015 às 07:20

Em uma assembleia geral realizada na tarde desta quarta-feira (24), os professores e demais funcionários da Universidade Estadual de Maringá (UEM) decidiram, por unanimidade, por fim à greve que já durava 89 dias. A votação ocorreu no refeitório central da instituição de ensino e foi promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar).

O encontro contou, de acordo com a assessoria de comunicação sindical, com aproximadamente 600 pessoas. O que motivou o início da greve, no último dia 11 de fevereiro, foi a falta de pagamento do terço de férias referentes aos meses de novembro e dezembro de 2014 e janeiro deste ano, e a promessa do Governo do Paraná em cortar o quinquênio e anuênio dos servidores. Contudo, a principal reivindicação dos profissionais do ensino superior era a mesma da educação secundária: manutenção do Regime Próprio de Previdência Social do Estado.

Como havia a promessa de que até a proposta de alteração da Previdência seria barrada, a categoria chegou a voltar aos serviços em estado de greve no dia 9 de março, mas, a paralisação novamente voltou no dia 29 de abril. Um dos motivos do retorno foi justamente a votação e aprovação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) do projeto de alteração da ParanáPrevidência, restando aos professores e funcionários da UEM lutarem pelas demais reivindicações e também pela data-base. “Conseguimos manter após muita negociação ao menos nossos benefícios, como o quinquênio e anuênio, e também que a folha de pagamento dos servidores universitários continuasse a cargo da administração das próprias universidades”, disse o presidente do Sinteemar, Celso Aparecido Nascimento.

Sobre a data-base, apesar da não concordância com a forma como ela foi disposta pela Alep com o aval do Governo do Estado, assim como os demais servidores estaduais, os educadores acabaram também aceitando a forma de reajuste e pagamento. Ela contempla no mês de outubro o pagamento de 3,45% referente à inflação entre os meses de maio – quando vence a data-base da categoria – a dezembro de 2014.

Em janeiro de 2016, os servidores devem receber um novo aumento, algo em torno 8,5%, da database referente a 2015, mais um ponto percentual. E o mesmo cálculo deve ser feito em janeiro de 2017. Contudo, em maio de 2017, os profissionais da educação devem receber um novo reajuste, em relação ao primeiro quadrimestre do ano – que é o pagamento da inflação (IPCA) referente ao período de janeiro a abril. Já em 2018, a data-base voltará para o mês de maio, quando será paga a inflação acumulada no último período.

UMUARAMA

Na tarde de ontem, ao fim da assembleia, a equipe de reportagem do Jornal Tribuna Hoje, tentou contado com os diretores de câmpus de Umuarama, onde a universidade mantém duas unidades e, com a própria reitoria em Maringá, para saber sobre a volta. Porém, a reportagem foi informada de que todos se encontravam em trânsito fora da universidade em virtude da assembleia. Entretanto, o presidente do Sinteemar, acredita que hoje (25) haverá o retorno dos servidores e que as aulas devem iniciar apenas na próxima segunda-feira, dia 29.

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