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Pessoas dormem na fila para garantir vaga de emprego em Cruzeiro do Oeste

Publicado em 03/03/2016 às 08:00

Cruzeiro do Oeste - Nesta madrugada de quarta-feira (02/03) para quinta-feira (03/03), uma fila de pessoas que dobrava a esquina da Vidraçaria Zamora passou a noite na rua em frente à Agência do Trabalhador, por causa da promessa de uma entrevista de emprego para preenchimento de 40 vagas na empresa Avenorte.

Alguns candidatos como Fernanda, a primeira da fila, esperaram desde as 6h da manhã de quarta para fazer a entrevista às 9h da manhã de quinta. Fernanda levou comida, cobertores e até mesmo sua filha que ainda é um bebê para passar a noite, e, que resolveu esperar na fila porque já enviou curriculum em praticamente todas as empresas de Cruzeiro do Oeste e não conseguiu emprego.

Tânia, de 31 anos, está desempregada há mais de 03 meses e também virou a noite na expectativa de conquistar uma das vagas. Ela relatou ao portal que tem uma filha de 06 anos e que neste período de desemprego tem se mantido com o pouco que recebe de pensão e com a ajuda de familiares, amigos, programas de atendimento do governo que oferecem cestas básicas, o que é a realidade de muitos outros que ali esperavam.

Anderson, de 28 anos, é pedreiro mas também anseia por uma vaga, segundo ele “é mais vantagem um serviço registrado, porque enfraqueceram demais as construções aqui na cidade”, e quando questionado sobre o horário de trabalho extenso que faz a empresa Avenorte, ele a afirmou: “aqui em cruzeiro não acha mais vaga pra nada, então temos que procurar serviço pra fora, é mais trabalhoso acordar de madrugada pra ir pra lá, mas fazer o que? Não tem nada aqui mais pra gente, tem que ir pra lá.”

Outra candidata, de 31 anos, que não quis se identificar, está desempregada há 01 ano e tem sobrevivido de diárias e ajuda de terceiros. Ela reclama sobre o preconceito na hora de contratar, cita que um parente seu também não consegue emprego porque saiu de uma unidade prisional e, como utiliza uma tornozeleira, ninguém lhe dá oportunidade.

Comerciantes que estavam próximos ao local disseram que há cerca de um ano atrás passavam carros de som nas ruas anunciando vagas de emprego e convidando os trabalhadores para esta mesma empresa, cenário muito distinto dos vários metros de fila com pessoas lutando por 40 vagas.

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