A Levo Alimentos tem planos ainda mais audaciosos para o noroeste paranaense, onde mantém duas plantas industriais, em Umuarama e Iporã. A meta para os próximos dois anos é quase que dobrar a capacidade de produção instalada, saltando de 240 mil para 400 mil abates de aves por dia.
A empresa, que é resultado de uma joint venture entre a Pluma Agroavícola e a C.Vale (Cooperativa Agroindustrial), está em busca de produtores que queiram trabalhar no sistema de integração. Hoje são cerca de 300 aviários em franca atividade. A necessidade é de fazer esse número subir para 510.
Os dados são do gerente de operações Fábio Loch, que na tarde desta terça-feira (14) proferiu palestra sobre o mercado avícola em seminário técnico da Expo Umuarama.
“Nós temos linhas de crédito aprovada com instituições financeiras, que oferecem crédito para os produtores. Todo o projeto é validado e avalizado pela Levo, o que garante a sua viabilidade econômica para não colocar nenhum investimento em risco”, explicou. O Sicredi está entre as instituições financeiras mais atraentes para a tomada de crédito.
Cerca de 80 produtores participaram do seminário, entre pessoas que já estão na avicultura ou que demonstram interesse em aderir à atividade na diversificação rural. Dona Maria Rosa da Silva tem um aviário em Maria Helena. Há 18 anos ela se dedica à produção de frangos e agora vê o filho mais velho assumindo os negócios da família.
Expansão
“Estamos pensando em expandir. Para quem é pequeno, como nós, é o melhor negócio. Por isso vim participar (do evento), porque aqui adquirimos conhecimento que pode ser aproveitado para melhorar a produção”, disse, contente com que aprendeu.
De acordo com o gerente regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Rafael Meier de Mattos, a proposta do seminário é mostrar as potencialidades da avicultura e também munir os avicultores com informações para que eles possam melhorar a produtividade.
“Umuarama volta ter um abatedouro dentro do município e temos que começar a desenvolver essa cadeia, tanto para a agregação de renda lá na propriedade ,com áreas menores e faturamentos maiores, quanto para o desenvolvimento regional”, observou.
A coordenadora de Sanidade Animal da Levo, Taniara Mezalira, afirmou que a capacitação dos avicultores contribui positivamente para o desenvolvimento regional, além de acrescentar valor à produção. “O ramo da avicultura representa um grande potencial para o Brasil e, dentro da nossa região, somos favorecidos pela presença ativa indústria e por todos os avicultores que estão envolvidos na atividade”.
O seminário também discutiu a produção energética, o hidrogênio verde e a influenza aviária.
