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Com 83 anos, agricultor ainda vive os anos dourados das plantações de café

Publicado em 29/05/2017 às 08:52

Umuarama – Vivendo da agricultura desde menino, José Berto Vieira, de 83 anos, é um dos agricultores que consegue tirar renda de sua pequena propriedade de 5 mil metros, na Vila Rural de Serra de Dourados. Mesmo com a idade avançada, o lavrador conta com mil pés de café, dos quais já conseguiu tirar mais de 50 sacas. Junto com sua esposa, Maria do Carmo Vieira, ele se tornou um exemplo de amor pela terra e a cultura que já dominou toda região Norte do Paraná. 

José Alagoano, como é conhecido, conta que desde que começou a trabalhar na roça, ainda menino, foi nas plantações de café e da cultura que criou sua família. Vindo de Terra Boa, sua história na região de Umuarama começou logo quando se casou com Maria do Carmo com quem teve seus cinco filhos. “Quando casei era só nos dois, depois vieram mais cinco, e sempre vivemos do café”, relembra com alegria do passado. 

O agricultor conta que quando chegou na região empreitou uma plantação de café, mas conforme ele, era uma empreita meio “coisada”, uma vez que ele não tinha negociado com os donos da terra. “Empreitei por dois anos, um dia o dono da terra chegou e pergunto se eu tinha pagado pelo café. Eu disse que sim, mas se achasse que não estava certo, então que ele pagasse o valor investido que eu pegava minha família e iria embora. O senhor falou que eu podia ficar e de dois anos ficamos 26 anos” contou. 

O tempo passou o casal de agricultores tentou morar na cidade, mas não deu certo, o gosto pela terra falava mais alto. Desta forma, conseguiram um terreno na vila rural e lá voltaram a plantar café. São mil pés da plantação cuidados com muito zelo apenas pelo casal.

“Eu jogo adubo, além do esterco de galinha. Tem que cuidar da terra, pois se não, nem mandioca dá. Agora comecei a colher o café e espero que a chuva ajude, pois sozinho está ficando difícil”, ressaltou Vieira.

Além do café o casal de agricultores também planta milho, feijão, mandioca e tudo que possa nascer em sua propriedade. “É só jogar na terra que ela faz brotar. Não tem nada mais bonito do que ver uma planta crescer. Tenho abóbora, mamão, limão, colorau, a horta. Gostamos de viver aqui, nos sentimos bem trabalhando com a terra”, disse Maria.

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