O Ministério Público do Paraná, por meio da 5ª Promotoria da Comarca de Umuarama, abriu Inquérito Civil para apurar possíveis irregularidades no concurso público do Consórcio Intermunicipal de Urgência e Emergência do Noroeste do Paraná (Ciuenp) - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192).
De acordo com informações do ofício encaminhado à imprensa pelo MP, as notícias sobre as supostas irregularidades teriam causado grande repercussão, demandando a apuração dos fatos, devido ao “interesse público em jogo envolvendo o provimento e remuneração de cargos e empregos públicos objetivando atender a área da saúde pública em vários Municípios do Estado”.
O coordenador geral do Samu, Almir de Almeida, disse que ocorreu um equívoco na elaboração do protocolo de intenções, já que foram indicados apenas os cargos, sem informações sobre os salários e nem a quantidade de vagas. “Isso aconteceu porque no início ainda não havia um dimensionamento exato, porque primeiro o atendimento era para ser microrregional, mas depois ficou definido que seria macrorregional, com 85 municípios”, explica.
Ainda segundo Almeida, o Ministério Público solicitou que a coordenadoria do Samu acatasse algumas recomendações, quanto à correção do protocolo. “Quando o concurso foi realizado, o promotor Fábio Nakanishi pegou a documentação e pediu para que a gente fizesse uma correção nesse protocolo, da quantidade de cargos e salários. Tudo o que ele solicitou foi atendido”, garante.
Quanto às possíveis irregularidades, o coordenador diz que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial. “Com relação a outras questões do concurso, não fomos informados de nada”, afirma.
CONCURSO
O concurso para contratação dos mais de 370 profissionais que vão atuar no Samu foi aberto em fevereiro. A organização ficou a cargo da Ruffo Assessoria em Administração Pública e Empresarial. As vagas são para médicos, enfermeiros, advogados, motoristas, farmacêuticos, operadores de rádio, zeladores, entre outros cargos. Mais de três mil pessoas se inscreveram.
