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Níveis de umidade relativa do ar devem cair mais durante a semana

Há dez dias não chove no Paraná e situação deve se estender até o próximo dia 14

Publicado em 04/08/2015 às 23:28

Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), níveis de umidade relativa do ar inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana. A partir do referido índice estipulado, existe ainda uma escala psicrométrica – classificação dos estados de criticidade –, que assim seguem: entre 21 e 30% (estado de atenção); entre 12 e 20% (estado de alerta) e abaixo de 12% (estado de emergência).

De acordo com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), ainda durante a manhã desta terça-feira (4), a umidade relativa do ar em Umuarama era de 39,7%. Já no período da tarde, o índice caiu para 34%. E apesar de ainda não ter atingido condições especiais de atenção, o percentual de umidade do ar está muito abaixo do preconizado pela OMS em todo o Paraná e, principalmente, na região Noroeste, uma das mais secas durante o inverno.

Já é até possível sentir os efeitos negativos do atual clima: complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas; sangramento pelo nariz; ressecamento da pele; irritação dos olhos e, um pouco menos comum, a eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos.

PIORA

Conforme a meteorologista do Simepar, Sheila Radmann Paz Rivas, tanto o índice de umidade, quanto as temperaturas médias de 30ºC na Capital da Amizade nesses últimos dias, podem ser considerados extremos para o período. “Estamos há dez dias sem chuvas, e a previsão até o próximo fim de semana, indica que o quadro de calor se mantém, o que contribuirá ainda mais com a queda da umidade relativa do ar. Estimamos uma média de 35% nesta semana”, explicou a meteorologista.

O agravamento consecutivo do ar proporcionado pelo aquecimento perderá força apenas no próximo dia 14, ao menos essa é a estimativa do Simepar. “As condições climáticas estão sendo proporcionadas por uma massa de ar seco estacionada no Paraná”, argumentou Sheila. A meteorologista também destacou o aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas, o que contribui substancialmente para a piora do ar e coloca o Estado em alerta.

“Entre o Oeste e a faixa Norte, os índices de umidade estão muito baixos, o que juntamente com as altas temperaturas, potencializa o surgimento de focos de incêndio nestes setores”, ressaltou Sheila.

SAÚDE

O médico Arthur Borges Novais Neto alerta que nestes momentos de condições atípicas do ar as pessoas precisam umidificar o ambiente através de vaporizadores ou com o uso de toalhas molhadas e recipientes com água. “Também, se possível, permanecer em locais protegidos do sol e consumir muita água, à vontade, mantendo uma hidratação adequada do corpo”, disse o clínico geral.

E como as mucosas nasais são as mais afetadas, o médico indica a utilização de soro fisiológico nos olhos e narinas. “Os limites do corpo também devem ser respeitados. Por isso, é importante evitar exercícios físicos entres as 10h e às 16h, e espaços com a aglomeração de muitas pessoas, o que pode gerar mal estar e até desmaio”, destacou Neto.

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