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Plantio da segunda safra do milho está na reta final

Publicado em 21/03/2016 às 08:20

O plantio da segunda safra do milho está na reta final no Paraná. Os agricultores já cultivaram mais de 90% da área prevista. Para este ano, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) estima que a cultura estará presente em pouco mais de 2 milhões de hectares, 7% a mais do que a safra anterior.

O produtor Paulo Orso, de Cascavel, no oeste do Paraná, plantou 200 hectares de milho em sua propriedade, 30% a mais do que em 2015. A expectativa do produtor é de uma boa safra, já que o tempo está colaborando. "Podemos ver que o desenvolvimento da planta foi muito bom, acho que foi até melhor do que na safra de verão. Temos período de chuva e temos sol, que é tudo o que o milho precisa", diz animado.

A antecipação do plantio da soja foi um dos fatores que favoreceu a segunda safra do milho. "A antecipação favoreceu o potencial de produtividade dessa cultura. Acredito que será o maior dos últimos anos", afirma o chefe da Seab na região oeste, Márcio Chaves.

E como a área plantada é maior, a colheita deve superar expectativas. Os produtores investiram na cultura de olho no preço de venda da saca do grão. Atualmente, a saca de 60 kg é vendida, em média, por R$ 32,50. No mesmo período de 2015, o produto foi vendido por R$10 a menos.

O analista de mercado Camilo Motter, explica que mesmo com a ligeira queda do dólar nos últimos dias, o produto continua valorizado.

"Isso porque a demanda interna é muito grande. Apesar da colheita da safra de verão estar em andamento, há uma escassez do produto no mercado. A produção de verão deste ano foi menor do que em anos anteriores, ainda há lotes sendo embarcados para exportação, e, em algumas regiões, o produtor está retendo o produto diante de uma demanda da indústria nacional. Isto influência diretamente nos valores", diz. 

No entanto, o analista alerta que o valor mais alto não deve se manter na colheita. "Os preços caem conforme a demanda do mercado. Acreditamos que um abastecimento real e adequado para o mercado interno só vai se dar a partir da colheita da safrinha, no final de maio, início de junho", comenta o analista.

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