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Preço do tomate estabiliza e o da cebola começa a aumentar

Publicado em 11/04/2013 às 04:26

Depois da disparada do preço do tomate, nunca antes vista no País, e que têm rendido tanto falatório, agora é a vez da cebola. Em março, a alta média dos preços medidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 0,47%, mas o preço da cebola disparou, chegando a 21,43%.

A alimentação tem representado parte cada vez mais expressiva dos gastos do consumidor brasileiro. Outros produtos também tiveram altas expressivas nos preços neste mês. A cenoura subiu quase 15%, o repolho, 15,74% e o feijão carioca, 9%. Entre as frutas, a vilã da inflação foi a da manga, que subiu 30,2%.

Na feira do produtor, o quilo da cebola que estava sendo vendido a R$ 2,50 até alguns dias atrás, já aumentou para R$ 3,90. Produtor do distrito de Lovat, Luiz Martins Rojas, explica que a cebola é comprada no Ceasa para revenda, ao contrário da maioria dos produtos que vende na feira, que vêm de sua propriedade. “Nos últimos 45 dias o preço [da cebola] subiu bastante para nós. Outros produtos também, como abobrinha, que está a quase R$ 3 o quilo e a batata”, diz. Em compensação, o preço da alface está voltando a se estabilizar, depois de uma alta em decorrência das chuvas prolongadas. No final de fevereiro e no mês de março, as verduras em geral ficaram mais caras e com a qualidade prejudicada. Muitos fornecedores tiveram problemas na entrega de folhas, como rúcula, agrião e alface, que chegaram a faltar em mercados e restaurantes.

Analvina Raiocovith diz ter achado que os preços estão melhores nesta semana. “Em geral tá dando para levar um pouco mais de verdura. Essa semana o preço da alface está bom. Tem que controlar, tira o tomate, põe alface, chuchu, porque ficar sem verdura não dá”, diz.

A solução encontrada por muitos é substituir os produtos mais caros, já que a alimentação tem pesado no bolso – mas sempre dando prioridade à qualidade. Izabel dos Santos prefere comprar na feira, onde os produtos são mais fresquinhos. “Pelo que pesquisei está mais em conta que nos mercados, e a qualidade dos produtos da feira é muito boa.” Mas não são só os preços dos legumes, verduras e frutas que estão salgados. “O leite também está mais caro. A gente que tem criança pequena em casa então, percebe ainda mais”, afirma.

Mas, no acumulado dos últimos 12 meses, o tomate ainda é o mais caro, e ganha até da cebola: a alta é de 122,13%, contra 76,46%. Segundo dados do IBGE, o campeão da inflação no período é a farinha de mandioca, que subiu mais de 151%.

Ontem, em um supermercado da cidade, o tomate verde tinha bastante saída. Uma das compradoras, Cleonice Alves escolhia alguns tomates, que ainda não estavam maduros. “Daqui a uns quatro dias vão estar maduros. Então eu vou aproveitar, porque o preço está bom,” diz.

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