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Produtores de mandioca querem expandir paralisação para o MS

Publicado em 30/03/2015 às 08:05

A paralisação de parte dos produtores de mandioca no Paraná deverá ser expandida para o Mato Grosso do Sul. A informação é do presidente da Aproman (Associação dos Produtores de Mandioca do Paraná) a partir de reuniões em duas cidades no Estado vizinho.

A estratégia é ampliar o movimento iniciado na última segunda-feira e, com isso, forçar o aumento no preço da raiz da mandioca, hoje, segundo os agricultores, muito abaixo dos custos de produção. A categoria fala que os preços no Paraná não ultrapassam R$ 150,00 a tonelada, contra custos acima de R$ 200. 

O presidente da Aproman, Francisco Abrovicis Abrunhoza (produtor em Maria Helena, região de Umuarama), confirma reuniões em Ivinhema e Eldorado (MS), quando obteve o compromisso de paralisação. 

Segundo ele, o movimento alcançou êxito no Paraná. Tanto que de acordo com as cotações oficiais, teria sido o único Estado sem queda de preço na semana. Por outro lado, garante que 90% da produção prevista deixaram de entrar nas indústrias no período. 

Com a chegada ao Mato Grosso do Sul, analisa, haverá ainda mais força. Isso porque os dois estados juntos respondem por 94% da fécula produzida no país. Só no Paraná são 40 mil toneladas ao ano. O plantio no Paraná é de 165 mil hectares, enquanto o Mato Grosso do Sul responde por outros 40 mil hectares. 

Fazendo um resumo dos cinco primeiros dias de paralisação, Abrunhoza considera o saldo positivo. Lamenta que houve intervenção policial em algumas situações, solicitada pela indústria. 

Ele cita ainda uma liminar da Justiça que determina à Aproman o não bloqueio de caminhões na região de Loanda, sob pena de multa diária de R$ 1 mil. O presidente diz que há um equívoco, pois a associação não promove o bloqueio, apenas apoia o produtor. A entidade estaria tentando cassar a liminar. 

Ainda assim, ressalta, a região teve na semana mais de 40 bloqueios. Muitos caminhões com mandioca foram impedidos de chegar à indústria. Ele reclama ainda do que considera manobras de algumas empresas para ameaçar o produtor, caso o produto não seja entregue.

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