A região noroeste do Paraná foi a que mais gerou empregos no estado no primeiro semestre deste ano, segundo divulgou o governo estadual nesta quarta-feira (26).
Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, foram criados 5.505 novos empregos com carteira assinada na região, de janeiro a junho. O número é o resultado da diferença entre contratações e demissões no período.
Do total de 23.189 vagas criadas no Paraná no primeiro semestre deste ano, 24% foram geradas no noroeste.
Saldo de emprego no 1º semestre por região:
Noroeste: 5.505
Oeste: 5.361
Norte central: 5.107
Sudoeste: 3.968
Norte Pioneiro: 2.054
Centro oriental: 1.400
Sudeste: 1.014
Centro ocidental: 390
Centro sul: 380
Região Metropolitana de Curitiba: -1.990
Segundo Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a geração de vagas no noroeste foi impulsionada pela agricultura e pela indústria de confecções.
“A região é forte produtora de álcool e açúcar, que teve papel importante na geração de vagas no semestre”, diz Suzuki. Além dos empregos nas usinas, o setor também aumentou o ritmo de contratação no campo para a colheita.
A indústria alimentícia, de bebidas e álcool (que inclui as usinas) gerou 2.892 vagas de janeiro a junho no noroeste. A agricultura veio em segundo lugar (1.081), e a indústria têxtil e do vestuário em terceiro (792).
“Há polos importantes de confecção em cidades como Paranavaí, Umuarama e Cianorte. E a indústria de vestuário vem se recuperando da crise com aumento das vendas no mercado interno”, diz o diretor.
Três cidades que mais geraram empregos no noroeste:
Paranacity: 599
Umuarama: 521
Paranavaí: 508
Segundo semestre
De acordo com Suzuki Júnior, a tendência para a segunda metade do ano é que o impacto positivo da agricultura, por questões sazonais, diminua, mas deve ser compensado pelo aumento da geração de vagas em setores como serviços e comércio.
O desempenho no semestre marca a retomada da geração de vagas no estado. Nos primeiros seis meses de 2016, a geração de postos de trabalho estava negativa em 16.763.