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Com câncer, jovem luta pela vida confeccionando belos turbantes

Publicado em 17/05/2017 às 00:29

Umuarama – O que há de mais importante do que a vida? A resposta parece óbvia, porém a maioria das pessoas não contemplam a dádiva, mergulhadas na alienação diária. Então, nos surgem verdadeiros exemplos de como é importante viver. Sem dúvida a umuaramense Natalha Pereira de Souza, de 24 anos, demonstra o quanto é importante a vida e mais do que isso: ela só é válida se formos felizes.

No próximo dia 28, completará um ano que a simpática jovem foi informada que tinha um câncer originado na mama que já havia alastrado por outros órgãos. No novo percurso de vida, verdade que houve grandes obstáculos, mas nenhum deles foi páreo para a obstinação de Natalha, cuja história demostra que devemos prosseguir em busca de nossos sonhos indiferente ao grau de dificuldade para a realização deles.

Desafios

Depois de informada da doença, a família de Natalha teve que se mudar de Francisco Beltrão, onde o marido trabalhava como funileiro, para Umuarama em busca do apoio de familiares. Como havia ausentado da vida profissional para cuidar do filho de 6 anos com deficiência auditiva, ela não contribuiu o suficiente para hoje estar sendo auxiliada pela previdência social e para complicar o marido não pode ter emprego fixo, pois precisa cuidar dela. O casal ainda tem uma filha de 4 anos.

Esperança

A solução para o sustento da família veio por meio do carinho de uma amiga e da genialidade de Natalha somada ao esforço da mãe. Durante um tratamento na Uopeccan, ela ganhou um turbante da enfermeira Patrícia Ferreira. Em casa, a jovem teve a ideia de confeccionar turbantes para vender, e para isso contou com as habilidades de estilista da mãe, Valdirene Pereira, de 48 anos, responsável por criar novos turbantes a partir do modelo ganhado.

Luta

São noites cortando tecidos, dias costurando e a produção de aproximadamente 50 turbantes a cada três dias para suprir a grande demanda. “Minha máquina de costurar ainda é movida no pé, precisamos que alguém, quem sabe um empresário, nos doe uma máquina elétrica, o que iria acelerar a produção”, disse Valdirene, que mesmo se recuperando de um AVC, costura orgulhosamente para ajudar a filha.

Superação

“Com os turbantes fica evidenciado que eu ainda sou capaz de fazer alguma coisa, porque a gente se sente muito vulnerável com o câncer, então fazer algo que é reconhecido por outras pessoas, tentar, lutar e ser perseverante, é muito bom”, destacou Natalha, que ajuda nas vendas.

Sucesso

A beleza dos turbantes é tamanha, que a comercialização é um sucesso. A produção obedece a estilos, estações e a criatividade das ‘estilistas’.  Na rede social, grande divulgadora dos turbantes, a inserção de imagens e pedidos de compras está a cargo da amiga, a cantora e compositora Carolina Coelho, de 27 anos, que Natalha conheceu no hospital. “Nós nos pegamos a sentimentos tão egoístas, com a Natalha aprendi que existem formas de revertermos problemas e que devemos ajudar as pessoas e eu agradeço ela por isso”, comentou emocionada, a cantora.

Apoio 

Se você ficou curioso para conhecer os turbantes confeccionados pela família de Natalha ou quer ajudar na aquisição de uma máquina de costura elétrica, basta entrar em contato pelos telefones (44) 9 8461 8135 ou 9 9726 9513. Os belos adornos de cabeça também podem ser vistos na Fanpage da jovem, que irá começar a venda deles também em feiras livres.

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